My Dear Stalker ( Concluído)

Capítulo 3

"Eu sou uma pessoa muito sentimental. Mas são poucos os que sabem disso."
- Querido John

No dia seguinte......

Charlotte

Sai do vestiário usando o meu típico uniforme dos líderes de torcida, uma cropped branca com o emblema do colégio que era em forma de estrela em volta estava escrito nome High School Consecrated Heart e um short saia roxo rodado.

Admito que me sinto uma perfeita garota de cosplay com essa roupa.

Fui até o meu armário pra pegar os meus livros, ao abrir o armário caiu um bilhete num cartão vermelho no chão, rapidamente me agachei pra pega-lo.

Ao começar a ler me agarrei no meu armário pra não cair, esse tal Otakus Maníaco não era só um stalker qualquer e sim sabia demais da minha vida.

Reli novamente pra ter certeza que não era coisa da minha cabeça "Não sei porque nunca citou que é filha da cantora Aisha Sava, ela é um ícone da música feminino. — Otakus Maníaco"

Percebi que meu irmão ao lado do namorado se aproximaram, sim estou num relacionamento sério apesar de não amá-lo tanto assim, Sam é apenas alguém que usei pra estar no topo da pirâmide popular.

— O que está lendo irmãzinha? — Meu irmão perguntou olhando para o papel em minhas mãos.

— Nada — respondi um pouco nervosa, jogando dentro do armário e pegando meu livro de matemática.

— Espero que não seja uma cartinha de amor — Sam falou parecendo estar com ciúmes.

— É um desenho que fiz, mas não ficou bom, não quero que riam de mim — menti fechando o armário, dei um selinho no Sam e um beijo na bochecha do meu irmão e sai.

Fiquei pensando quem poderia ser esse tal Otakus Maníaco, os únicos que sabem o nome da minha mãe biológica é a minha madrasta, meu pai e o meu irmão.

Fui dada como morta no colégio onde eu estava, queria viver uma nova vida, por isso troquei de nome e mudei completamente a minha aparência.

Era mais um treinamento dos líderes de torcida, Booken nos mostrava os passos que inventou no fim de semana, soltava três cambalhotas e uma estrela para finalizar.

Algo dentro de mim, dizia que não iria conseguir fazer isso, nunca foi minha especialidade a função, me lembro de como demorei pra aprender os passos.

Todas as garotas fizeram com perfeição, estava pensando em como iria fazer aquilo.

— Sua vez, Charlotte — Booken avisou.

— Ah sim — concordei envergonhada.

O salto consegui fazer com perfeição, porque quando estava no internato tivemos 3 semanas de ginástica.

Ao fazer a estrela acabar pisando em falso, virei o pé caindo de lado, comecei a gritar devido à dor, todos pararam e vieram me socorrer.

— Saiam de perto da minha irmã — Meu irmão falou me segurando no colo, ele me levou correndo até a enfermaria.

Estava chorando de dor, mas ainda ouvia murmurinhos pelos corredores.

Ser carregada no colo por Stuart nos corredores era o sonho de todas as garotas desse colégio, apesar de ser meu meio irmão estariam achando fofo a atitude dele.

Ao chegarmos na enfermaria, ele me colocou delicadamente em cima de uma cama com lençóis brancos.

— Volte mais tarde, iremos cuidar bem da senhorita Stuart — Enfermeira pediu.

Olhei para o lado da porta vendo que os líderes de torcida e uns jogadores estavam à espera de notícias minhas, mas com o corredor cheio iria dar problemas porque a diretora era rígida questão de ordem.

Um garoto vestindo roupa de enfermeiro, tinha o rosto tapado com uma máscara e uma toca verde água que combinava perfeitamente com o seu uniforme.

A única coisa que conseguia ver foi seus belos olhos castanhos e sua pele branca que nem neve.

Enfermeira era uma mulher de meia-idade, cabelos loiros, mas com uns fios brancos aparentes, tinha uma pele clara e um olho um pouco puxado talvez ela tenha descendência japonesa.

Se aproximou de mim e aplicou uma injeção pra dor e examinou o meu tornozelo cuidadosamente, era oficial havia torcido e não poderia animar a torcida nas próximas 3 semanas.

Estava deitada descansando aguardando um dos meus responsáveis vir me buscar, provavelmente seria a minha "mãe" poucos sabem que, na verdade ela é a minha madrasta apesar de me tratar como filha.

Um dos alunos me entregou meu caderno de redação que estava com a professora, não vi quem foi já que estava deitada um pouco afastada da porta.

O garoto me entregou, não sei porque, mas toda vez que ele me encarava tinha uma sensação nostálgica. Ao pegar o meu caderno vejo um bilhete com um papel roxo pregado na frente da capa.

"Você não nasceu pra fazer estrelinhas, minha ruivinha e sim ser a Hinata da minha vida. Melhoras viu, precisando ou não sempre estarei do seu lado pra te ajudar. — Otakus Maníaco"

Não sei porque, mas sorri ligeiramente com o seu bilhete, aquele idiota estava começando a me deixar curiosa em saber a sua identidade.

Então ele estava aqui no colégio como imaginei.

Minha madrasta chegou, parecia que havia corrido uma maratona já que de longe dava pra perceber suas gotículas de suor pela testa.

Ela falou com a enfermeira e depois se aproximou de mim com uma cara preocupada.

— Está bem, minha querida? — perguntou colocando a mão na minha cabeça mexendo em meus cabelos.

— Estou — respondi, a dor já havia passado estava apenas com uma bota no pé, escola particular era isso parecia até um hospital.

Meu irmão apareceu com os cabelos molhados dando as mãos pra sua namorada.

— Deixa que eu levo ela mãe — falou se aproximando e me pegando no colo.

Queria protestar, mas ser carregada era melhor que andar com a perna nesse estado, agradeci a enfermeira e seu assistente que ainda não sei quem é.

Ao chegar em casa, minha madrasta ao lado da minha cunhada me ajudaram a tomar um banho, ao terminar me deitaram na cama do meu quarto e acabei pegando no sono devido a forte medicação que tomei.