Capítulo 16.

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Naruto.

Foi de fato a pior manhã da minha vida, havíamos saído da filial da Selenium em Portland e seguimos para o heliporto, a viagem estava tranquila até do nada o helicóptero começar a tremer, senti um cheiro forte de diesel e fumaça, nossa única opção foi pular, não sabemos onde a aeronave caiu, e na verdade nem estou preocupado com isso.

Durante todo o tempo eu tentei manter a calma, me mantive forte pensando na Hinata, eu sei, poderia ter pensado nos meus pais acima de tudo, porém era ela que me preocupava mais, estávamos nos dando bem e eu queria estar ao lado dela a todo tempo, então não podia morrer assim do nada.

Meu corpo estava sim dolorido pela queda, cheio de cortes pelos galhos das árvores e alguns arranhões, havia batido a cabeça mas não estava doendo, estávamos eu, Valerie, outros dois representantes da Selenium, o piloto e o co-piloto, atravessamos a floresta com cuidado e achamos a estrada.

Não sei por quanto tempo andamos, mas para nossa sorte na mesma hora passou duas viaturas da guarda florestal por nós, um deles me reconheceu e disse que estávamos todos nos noticiários, dados como desaparecidos, respirei fundo e já imaginei a minha família desesperada.

Queriam nos levar para o hospital, mas eu queria ir para casa, segui o caminho todo calado e assim que chegamos eu agradeci e desci da viatura, como imaginei, vi o carro do meu pai, do Sasuke, a moto da Karin e o carro da Hina estacionados em frente, entrei e tentei manter a pose sem dor, não queria preocupa-los.

Estavam todos na sala, minha mãe foi a primeira a se levantar e me abraçar, logo veio meu pai e a Karin, Sasuke se aproximou, batemos as mãos e me puxou para um abraço.

- Que susto nos deu irmão - falou baixo.

- Eu estou bem gente - soltei o ar - Foi só um susto.

Olhei para a Hina vendo sua carinha de choro, nunca a vi assim.

- Está sentindo nada mesmo? - Karin me perguntou.

- Não, eu estou bem - falei - Deixem eu falar com a Hina.

Eles assentiram e foram para a cozinha, me aproximei de Hinata e ela veio até mim as pressas.

- Sentiu minha falta? - perguntei tenso.

Hinata me abraçou pelo pescoço e eu envolvi os meus braços a sua volta a apertando, ergui uma das mãos sobre o seu cabelo deixando aquele delicioso perfume me invadir, Hinata não parava de chorar e tremer, aquilo me preocupou.

- Graças a Deus - susurrou e encostou a testa no meu peito - Eu...eu fiquei com tanto medo.

- Ei - ergui seu lindo rosto a fazendo me olhar - Eu estou aqui meu anjo, vai ficar tudo bem.

Hinata assentiu e a abracei de novo, eu nunca mais vou solta-la, nunca mais vou me afastar dela, suas lágrimas molhavam a minha camisa mas eu não me importava.

- Fiquei com tanto medo de ter acontecido alguma coisa grave com você - ela passou os braços no meu tronco - De ter te perdido.

- Não perdeu - susurrei e ela me olhou - Eu estou aqui, você nunca vai me perder.

Passei meus dedos sobre os seus olhos e lhe dei um beijo tranquilo, encostamos nossas testas e mantemos nossos olhos fechados, porém eu precisava de um banho urgente, subi para o meu quarto e fui direto para o banheiro, me despi sentindo minhas costas doerem, fiquei na frente do espelho vendo os arranhões, e para minha sorte o da testa era superficial.

Tomei um banho quente e em minutos sai enrolado na toalha, me sequei, vesti uma calça moletom e uma camisa simples, fiquei descalço e desci para a sala de novo, meu pai me perguntou o que havia acontecido e eu contei, mas eu precisava mesmo era descansar, pedi para a Hina ficar aqui comigo e ela concordou, o pessoal se despediu de nós e foi embora.

O Jogo da Sedução.Onde histórias criam vida. Descubra agora