Cap. 12 | Não se brinca com quem está quieto.

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Natasha.

               Ao invés de seguir para a aula como todos os outros alunos, eu decidi tomar outro rumo.

                 
               Além da bibliotecária sentada na frente de um computador, usando fones de fio branco, tão distraída que nem me viu entrar, a biblioteca estava vazia. Se não fosse pelos vários mundos dentro dos livros. Eu agradeci mentalmente por isso. Não que fosse novidade, o lugar era enorme e poucos alunos frequentavam. Porém, eram fiéis às prateleiras lotadas de livros e mais livros de todos os tipos e espessuras. Com os mais diversos universos, reais e fictícios. Eu gostava daquilo. Como centenas de universos pudessem ocupar um mesmo ambiente.

                   
               Caminhei por entre as muitas prateleiras, procurando qual desses universos me conquistaria primeiro, começando pela capa.

                   
              Porém, uma única história tomou total da minha atenção. A biblioteca não estava totalmente vazia, havia alguém sentado em um dos sofás, escondido por entre o labirinto de enormes estantes de livros. Eu sorri como nunca havia sorrido antes. Nossa, eu quase gemi de satisfação.

                   
               Rogers, se apossava do sofá da biblioteca, disperso em um dos livros, seus olhos azuis estavam focados, a testa levemente franzida. A coisa mais linda e fofa, não evitei um pequeno sorriso de lado. Caminhei até ele, assim que parei em sua frente, o homem levantou a cabeça e seus olhos encontraram os meus.

               Ele suspirou.

—Desculpe, não queria interromper sua leitura.—

—Eu duvido muito.— Steve soou ríspido. Eu sorri arqueando uma sobrancelha. Rogers parecia desconfortável ou talvez envergonhado. Me sentei ao seu lado e ele imediatamente fechou o livro e me encarou. —Não tem um livro para você ler, não? Há muitos sofás por aí, para você sentar. Talvez outra pessoa para você se insinuar. Ou não me diga que a senhorita veio aqui atrás de mim?—

—Eu pareço do tipo stalker, Rogers?— Foi uma pergunta retórica, mas ele realmente pareceu avaliar. —O que você estava lendo?— Eu não reconheci o livro em suas mãos. Não estava muito interessada em saber, mas queria um motivo para sentir o cheiro do seu perfume, que exalava masculinidade. O que, infelizmente ou felizmente, imediatamente me excitou.

—Nada que você realmente vá se importar, Romanoff. Se você quiser pode ler depois.— Ele acenou para longe com a mão, como se eu fosse uma cadela pulando em suas pernas. Eu segurei uma risada. —Agora, pode.... por favor me deixar terminar minha leitura?—

               Eu queria tanto beijá-lo, seus lábios brevemente corados e levemente pressionados, a mandíbula trincada e a respiração acelerada. Devolvi meus olhos aos seus, o azul tinha a cor do oceano. E eu poderia facilmente me afogar neles. E puta que pariu, eu morreria afogada, com a porra de um sorriso no rosto. Não sabia o que isso significava, além do fato de que ele era lindo para caralho.

               Entreabri meu lábios e deixei o ar sair frustrado por entre eles. Ele notou, e seus olhos despencaram para minha boca. Eu me aproximei lentamente, ansiando por aquele momento. Eu podia sentir seu hálito, ouvir sua respiração descompassada, tão perto..., mas tão longe.

                   
               Ele se afastou abruptamente, suspirei ainda mais frustrada.

—Você tem aula, não tem?— Ele sabia a resposta, talvez fosse para me lembrar do meu lugar. —Vai embora, Romanoff!— Ele ordenou secamente, como um desabafo. Sem nem olhar para mim. Ele não queria que eu fosse embora. Sua boca dizia uma coisa, mas eu tinha certeza que ele internamente, implorava para mim desobedecer.

Dirty And Sinful Secret | Romanogers.Onde histórias criam vida. Descubra agora