Cap. 21 | A mente e seus pensamentos.

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Steve.

               Uma vez Einstein disse: “a mente que se abre a uma nova ideia jamais voltará ao seu tamanho original". É claro que ele estava dizendo sobre evoluir e adquirir conhecimento, com certeza não sobre ceder para a pessoa errada, na hora errada, no lugar errado, nas circunstâncias erradas, e então se pegar pensando nisso de novo e de novo diversas vezes. Querendo mais, e mais e mais. Talvez eu nunca mais volte a ser o homem que era antes de dormir com Natasha. E isso é uma merda.

               Pior ainda é não conseguir tirá-la da minha cabeça.

                Uma mensagem, uma mensagem foi o que ela deixou quando foi embora depois de se satisfazer.

                 Novamente, eu a encontrei na primeira aula, no primeiro dia da semana. Mas depois dela, o dia continuava e eu tinha outras turmas para ensinar.

                     Tem sido uma aventura e tanto lidar com Natasha, mas eu tinha que admitir, não me sentia tão relaxado e bem há muito tempo. Eu me distraia consecutivas vezes, deixando minha mente velejar para a ruiva, de todas as maneiras controvérsias possíveis.

—Professor?— Um dos alunos chamava pelo que poderia ser a quarta vez, eu não fazia ideia.

—Hum?— Eu levantei a cabeça meio desajeitado. —Me desculpe, eu estava distraído.— Deixei o sorriso amarelo transparecer.

—Eu disse que não entendi a terceira questão.— Repetiu o aluno.

—Ah...— Vasculhei a página do livro aberto sobre a mesa, relendo a pergunta em questão. —Ah, sim... "descreva a postura da Inglaterra em relação às colônias situadas... na América do Norte, dando especial destaque à prática da Negligência Salutar."— Voltei a fitar o aluno, após precisar reler a questão. —Você vai... explicar a postura da Inglaterra sobre as colônias da América do Norte, e escrever sobre o que foi a Negligência Salutar.— Sorri, torcendo para que o mesmo tivesse entendido. E talvez tenha, já que simplesmente voltou a fitar o livro, em seguida escrevendo no caderno, eu entendi isso como um sim.












Natasha.

                    Ouvi dizer que não somos nós que possuímos a mente, mas é ela que nos possui. Isso explicaria porque não consigo pensar em outra coisa, outra pessoa.

                     Eu não sei exatamente quando comecei a pensar nele. Ou em suas mãos... Mas precisava me distrair.

                   

—Professor? Pode me ajudar?— Eu disse levantando a mão. Não tinha prestado muita atenção na sua explicação, mas mesmo o processo sendo fácil, eu adoraria acabar com o tédio.

—Já vou.— Respondeu o mais velho, distraído com outro aluno. Ele se levantou e caminhou em minha direção, com o seu típico jeito debochado, Stark se aproximou do aparelho super moderno, onde eu estava. —Depois de terminar de atualizar, clica nesse símbolo aqui, e depois no Gerenciador de Tarefas... — Ele disse o que fazer, mas preferiu jogar seu corpo sobre a mesa, ao meu lado, e fazer ele mesmo.

                   Eu me aproximei, e me apoiei sobre a mesa junto à ele, estando desnecessariamente próximo. Ele não se moveu, mas continuou narrando o que fazia na tela. Eu suspirei, e um gemido de cansaço deixou meus lábios, brilhantes pelo gloss de morango.

                  Eu apoiei minha mão direita no pulso esquerdo dele, que estava apoiado sobre a beirada da mesa, um movimento suave e ingênuo, enquanto eu ainda encarava a tela, como se estivesse completamente focada no que ele fazia. Ele endureceu com o movimento, eu nunca havia o tocado.

Dirty And Sinful Secret | Romanogers.Onde histórias criam vida. Descubra agora