Dirty And Sinful Secret | Romanogers.

Cap. 01 | Vodka Pura!

Steve.

               O sol se punha no horizonte, e os rastros laranja e rosa se formavam, denunciando o dia ensolarado para o sábado. Já se passara das cinco da tarde, e as ruas de Manhattan se encontravam movimentadas pelo horário de pico, a sexta-feira se encerrava, junto com ela, a semana. 

                Eu tenho o final de semana para me preparar para a semana seguinte, quando começarei o novo ano letivo. Eu nunca estive tão ansioso para algo como estou para começar a dar aulas na SHILED, um dos colégios mais renomados e procurados dos EUA.

                Eu acabei de me mudar para Nova York, e as coisas aqui são bem diferentes de Los Angeles. A cidade mais populosa do país, com sua paisagem extremamente urbana, muitos prédios e arranha-céus, me trás uma impressão de correria e acúmulo. E eu acabei de chegar.

                Mesmo com os parques, como o famoso Central Park, eu confesso que sentirei falta do mar, das palmeiras e as montanhas de Los Angeles. Não que esteja dizendo que as coisas lá são muito diferentes daqui. Enquanto Nova York é tumultuada por empresários e assistentes. Los Angeles é tumultuada pelos artistas. Atores e roteiristas. Não há uma pessoa na cidade dos anjos que nunca tenha conhecido ou sido um ator, nem que seja um figurante qualquer em um filme genérico que ninguém conhece. Eu conhece alguns.

                Eu me cansei das caixas e mais caixas em meu novo apartamento, e decidi dar uma volta para conhecer melhor a nova vizinhança. O que pode ter sido uma ideia bem estúpida fazer isso sozinho. É tão fácil se perder aqui. E agora pareço um idiota andando com o celular na mão olhando para o mapa.

                Minha boca estava seca, e eu encontrei alguns bares no aplicativo, e percebi que estava bem ao lado de um deles.

               Meus olhos passaram pelos letreiros que iluminavam a rua. O neon vermelho em uma fonte simples e formal, chamou minha atenção. "Hell's Pub" brilhou em meus olhos, mentalmente eu revirei os olhos, mas entrei mesmo assim.

                Quando entrei, fui atingido pela iluminação anêmica, as lâmpadas vermelhas e amarelas davam ao ambiente um ar sensual e curioso. Os móveis eram trabalhos na madeira escura e as paredes em tijolo bruto e vermelho liso, uma delas, era um espetacular mural em preto e branco de fotos com rostos e corpos de todos os tipos, cobrindo toda a parede. Alguns corpos nus me fizeram levantar as sobrancelhas. Era explícito e ainda, naturalmente bonito e artístico. Deslizei os olhos para o outro lado e havia um mini palco para karaokê e uma Jukebox toda colorida. Os acordes de uma música qualquer completara o ambiente. Eu precisei me esforçar para não deixar o queixo cair.

               O lugar era lindo e estava vazio, quase, exceto pela mulher sentada em um dos banquinhos giratórios, debruçada sobre o balcão. Ela era ruiva, o cabelo liso descia até os ombros. Eu me aproximei e vi o decote da pequena camisa branca que exibia a pele alva dos seus seios sob a luz quente. Eu nem tentei disfarçar meus olhos sobre as coxas grossas na saia escura e a meia-calça arrastão. Sua personalidade era atrativa, impossível não notá-la.

                Eu me sentei no banco ao seu lado. Então ela me encarou, avaliou-me de cima abaixo como se avaliasse seu jantar. Ela devia ter uns vinte e um, no mínimo, para estar em um bar, e ainda assim eu senti meu corpo se arrepiar apenas com a força do seu olhar. Eram esmeraldas enormes e brilhantes. E brilharam ainda mais quando ela sorriu delicadamente, com lábios carnudos em um tom de vinho fosco. As sardas desciam do nariz pequeno e arrebitado para as bochechas brancas. Os fios cor de fogo balançaram, emoldurando seu rosto tão suavemente e naturalmente deslumbrante. Ela desviou os olhos para frente novamente quando o barman se aproximou.