Cap. 48 | Punição.

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Natasha.

Quando cheguei na delegacia, Potts, Loki Odinson, Danvers e Fury estavam sentados na sala de espera. Acabou que não foi necessário que todos os professores viessem, para a minha sorte. Ou não. Não sei.

Me revirei na cama hoje, não consegui dormir. Steve passou a noite na delegacia. Isso, eu sei que foi cortesia do meu pai. E se depender dele, Steve provavelmente vai ficar aqui por um longo tempo.

Eu poderia dizer que não me importo. Mas eu realmente não sou uma pessoa ruim. Também tive minha parte de culpa em toda essa merda.

Mas não foi só isso que fez meu estômago se revirar nos últimos dias. Mas as últimas coisas que Steve jogou na minha cara há dois dias no meu apartamento também não me ajudam. Achei que fosse apenas me divertir, pegar o que não me pertencia. Ninguém nunca saberia. Era para ser um segredo. E quando eu me cansasse, apenas fingiríamos que nunca aconteceu. E agora, eu tenho dor de barriga, minha cabeça dói, minhas mãos soam e minhas pernas não param quietas. Se eu ficar em pé é provável que eu abra um buraco no chão de tanto caminhar. Se eu me sentar, minha perna provavelmente será confundida com uma britadeira.

Não disse nada quando cheguei. Não disse nada quando um policial apareceu e me chamou para "conversar", apenas o segui.

Agora estou sentada em uma cadeira nada confortável, quando deveria ser uma poltrona com almofadas e massageadores se quisessem que uma vítima se sentisse segura o suficiente para apontar o culpado. O espelho falso, que obviamente não é só um espelho, está atrás do policial e sei que meu pai está lá do outro lado, me observando. As paredes que provavelmente foram brancas um dia, agora estão cinzas da metade para cima e azuis escuras da metade para baixo. Não há nada além de uma mesa de metal e uma pequena pasta com folhas entre o homem de cabelos castanhos claros e olhos escuros e eu. Ele é um dos policiais que invadiram a sala de aula e levaram Steve no dia anterior como se ele fosse um criminoso. Ele me encara com o que deve ser uma tentativa de sorriso carismático e acolhedor, o que está me deixando mais aterrorizada do que confortável.


-Senhoria Romanoff, bom dia.- Eu não respondo. Minha feição agora deve ser puramente de tédio. -Eu sou o detetive Grissom.- Ele me encarou.

-Você já deve saber quem eu sou.- Respondi sem me esforçar realmente em ser educada. Ele permaneceu em silêncio por alguns segundos, e então suspirou.

-Pode me contar sobre o senhor Rogers?-

-Estão com o celular dele, já devem saber o que penso sobre o Senhor Rogers.- Sorrio e quase posso ver meu pai bufar impaciente do outro lado daquele espelho falso.

-Olha, queremos fazer isso do jeito certo...-

-Então já começaram errado.- Eu o interrompo. Meus braços estão cruzados em frente ao meu peito, minhas pernas estão preguiçosamente esticadas em baixo da mesa e minhas costas desconfortavelmente escoradas na cadeira.

O homem olhou para trás, para o espelho, para quem quer que estivesse lá, que eu tinha certeza que era um russo vermelho de tanta raiva, respirando e fungando como um animal raivoso. Eu sorri. Não podia ver seu rosto então não sei qual foi o olhar que ele deu ao espelho que fez outro homem entrar na sala.

-Pediu reforço?- Eu debochei encarando o detetive à minha frente, ele bufou e se jogou na cadeira como eu estava.

O outro puxou a cadeira do lado e se sentou, me encarando. O homem loiro de olhos azuis sorriu. Eu não retribui. Ele é o outro policial de quando Steve foi levado.

Dirty And Sinful Secret | Romanogers.Onde histórias criam vida. Descubra agora