Cap. 22 | Após o êxtase.

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Steve.

               Eu estava decidido. Eu acabaria com toda essa história agora mesmo, antes que eu ou Natasha nos machucássemos, ou ambos.

              Era o certo a se fazer, e eu como o mais velho e responsável, deveria fazer isso. Apesar de que fosse mais difícil do que eu imaginava, o que torna tudo mais assustador e preocupante, eu faria isso. Custasse o que tivesse que custar.

               Eu estava farto, de tudo, de carregar esse peso, parecia que todos sabiam e mentalmente me julgavam. Uma sensação horrível invadia meu peito sempre que o êxtase do sexo passava.

              E ele estava passando, bem agora.

—Foi a última vez...— Quebrei o silêncio.

               Estávamos na cama do meu apartamento como de costume. Ela havia passado aqui depois da aula. Sim, ela faltou ao trabalho para vir aqui, transar comigo. E isso me deu vontade de bater com a cabeça na parede.
         
               Eu não fiz obviamente. Mas deveria.
         

         

—O quê?— Ela me fitou, com o peito ainda subindo e descendo pesado. Seus lábios foram tomadas por um sutil sorriso quando raciocinou o que eu disse.

              Ela achava que eu estava brincando, mas não estava.
        

—Estou falando sério.— Me sentei na cama para olhá-la, ela se sentou também com uma expressão de deboche. Deus era tão irritante. —Não faremos isso de novo. Nunca mais. Estou cansado de andar com isso na cabeça. Está afetando minha vida e o meu trabalho negativamente, tanto quanto sei que estou te prejudicando. Não quero isso.— Ela ainda parecia achar que fosse uma piada.

—Ah, Rogers... Você não conseguiria, nem se quisesse.— Romanoff levou a mão direita para o meu queixo, e eu me afastei.

—Não estou brincando, Romanoff. Eu não quero mais!— Me pus de pé ao lado da cama.

—Oh Дорогая (dorogaya).— Ela riu de forma irônica, como uma vilã de desenho animado. —Você não viveria um dia sem a minha boceta.—

—Por que faz de tudo uma piada. Tão madura para algumas coisas, mas uma arrogante irresponsável para outras, e com as pessoas. Ninguém te disse que isso é errado? Acho que eu fiz isso algumas vezes.— Meu tom de voz aumentou tomando o ambiente. Ela levantou também se aproximando de mim.

—Ah, você não lembrou disso enquanto me fodia de quatro, bem aqui na sua cama há poucos minutos atrás.— Natasha apontou para a cama com o lençol cinza completamente desarrumado.

—Me desculpa, mas não vou fazer de novo.— Quase gritei, ela ainda tinha sobre os lábios seu maldito sorriso debochado e a sobrancelha arqueada. —Eu não deveria estar me desculpando por fazer o que nós dois sabemos que é o certo.—

              Ela não respondeu, apenas se aproximou, lambendo os próprios lábios.
       

—Você não quer isso, Rogers, eu sei que não quer.—

—Não sabe o que eu quero. Aprendeu a ler mentes quando? Porque você vai precisar se esforçar mais.—

—Alguém aprendeu um pouquinho sobre deboche, né?—

—Precisei aprender a lidar com suas maluquices.—

—Não cansa de me chamar de maluca.—

—Me desculpe, Natasha, mas você é maluca.—

As melhores pessoas são.— Ela se aproximou para me beijar, colocando as mãos no meu peito. Eu a empurrei antes que conseguisse, segurando seus ombros e empurrando seu rosto confuso para longe do meu.

—Mas não são todas as pessoas dispostas a lidarem com elas. E eu sou um deles. Por favor, vá embora e não volte, nunca mais.— Disse sério a fitando. Romanoff apenas me encarou por segundos.

                Meus olhos presos nos seus. E por um instante, eu quis pedir para ela ficar e foda-se o resto.

               Mas seu rosto se escureceu, seus lábios franziram. Ela... estava com raiva?

—Vai. Se. Fuder.— Definitivamente ela estava muito brava. —Você me chama para vir aqui...—

—Não chamei você para vir aqui. Veio por conta própria.— A interrompi baixo, ela não notou, ou fingiu não notar.

—... fode comigo, decide que não vamos continuar, me chama de maluca e aí me manda embora?— Suas palavras eram frias e pontiagudas como adagas.

—Você falando assim parece horrível.—

—E é!!— Ela gritou, arregalei os olhos. —Você é um idiota! Filho da puta, cretino.— Caminhou proferindo palavras enquanto recolhia as roupas espalhadas e se vestia. —Quando você me procurar, porque vai procurar. Quando precisar foder, saiba que não estarei disponível.— Terminou de vestir-se, caminhou em direção a porta do apartamento, mas parou antes de sair. —Achei que você fosse mais interessante, mas é brochante como os garotos do ensino médio.— E então virou-se para desaparecer pelo corredor.

—O quê?— A segui confuso. —Não se faça de vítima, Romanoff, você não é nenhuma santa. E não me compare com os adolescentes da sua turma. Se esses pirralhos não te satisfazem, e por isso foi atrás de mim, mais de uma vez, não é problema meu.— Gritei, não sabendo se ela ainda me ouvia. Já que a mesma já entrava no elevador, e a porta do meu flat bateu atrás dela.

[...]








              Eu disse, e fiz. Eu e Natasha nem ficamos sozinhos outra vez. Era melhor assim, para todos.

              Eu sei que, talvez eu tenha pegado pesado demais. Não deveria ter gritado com ela, nem dizer palavras horríveis. Pensei em pedir desculpas, mas não acho que valeria a pena. Poderia abrir um caminho para um relacionamento complicado e desconfortável, que provavelmente resultaria em nós dois na mesma cama. De novo.

              Eu realmente sinto saudades do seu corpo, de tudo que a gente fazia, mesmo que eu diga para mim mesmo que isso era o certo a se fazer, existia um lado em mim que a queria intensamente de volta.

              Não bastava vê-la todos os dias, tive que aprender a lidar com vê-la flertar e praticamente se agarrar com muitos, entre eles homens e mulheres. Não sei se talvez seja só para mim, mas parece que ela está se esforçando mais para chamar atenção.

              Não estou com ciúmes, só... me sinto imponente. E ás vezes furioso.






Dirty And Sinful Secret | Romanogers.Onde histórias criam vida. Descubra agora