Cap. 20 | Criminosa.

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Steve.

               Após terminar de limpar a cozinha e lavar a louça do café, eu caminhei até a sala, e antes de sentar alcancei algum dos meus livros favoritos na estante e me joguei no sofá, procurando onde havia parado a leitura na noite anterior.

                Eram nesses momentos que minha mente vacilava, e de repente, ela vinha em minha mente. Na maioria das vezes, nua, com o cabelo bagunçado, o rosto corado com aquelas sardas aparentes, os gemidos deliciosos que assombravam meus mais impuros sonhos. Mas às vezes, são só seus olhos enormes e verdes brilhando para mim, os sorrisos maliciosos e arrogantes. A voz imprudente. O jeito que ela morde os lábios, que franze o nariz pequeninho quando está com raiva. Ou como revira os olhos de tédio.

                Deus... O que é isso? Por que não consigo pensar em outra coisa? Por que essa garota não sai da minha cabeça?

                Largado sobre o sofá, um tempo se passou enquanto estive preso entre tentar desesperadamente me enterrar no mundo da ficção para esquecer aquela ruiva tentadora, e pensar nela sem parar, até que a campainha tocou.

                Isso é muito frustrante.

               Eu não fui avisado pelo porteiro da chegada de alguém, então julguei ser a única pessoa que passaria pela portaria sem ser anunciado, Bucky. Esperava por ele, tínhamos combinado de sair mais tarde. Mas ainda era cedo demais para ele vir. Franzi a testa.

              Mas assim que a porta foi aberta, arregalei meus olhos em surpresa.

              Falando no Diabo...

              Como de costume, aquelas esmeraldas percorreram meu corpo como uma leoa observa sua presa, ela sorriu ao encontrar meus olhos arregalados por sua presença.

—Calma, Rogers. Parece que viu um fantasma.— Natasha debochou. Em seus lábios o sorriso travesso que tanto me irritava era visível.

—O que... faz aqui?— Minha voz saiu mais confusa e atordoada do que gostaria que parecesse. Até conseguir raciocinar a situação. —Como... lembrou onde eu moro?—

—Não costumo repetir. Então você é diferente, é difícil esquecer.— Ela disse em um sussurro sensual, possuindo um sorriso malicioso entre os lábios cobertos por um batom nude.

               Sua resposta não me convenceu. Natasha fitou meus olhos, e talvez tenha notado resquícios de nervosismo e com certeza, raiva.

—Não precisa se preocupar, eu despistei a CIA. Não me seguiram até aqui.— Seu sarcasmo e cinismo nunca me irritaram tanto. —Vai me deixar aqui fora?—

             Bufei, mas me afastei da porta dando passagem para ela entrar, e assim ela fez. Desfilando para dentro do meu apartamento como se o lugar fosse dela, que ela conhecia apenas de vista.

             A última e primeira vez que esteve lá, nós estávamos muito ocupados para ela prestar atenção no ambiente.
            

—Você poderia ter me avisado. Não pode simplesmente aparecer assim. Aliás, como você subiu?— Eu a encarei com dúvida. Natasha se escorou na bancada me fitando em meio a um sorriso ladino.

—Não vai querer saber.— Respondeu simplesmente. —Vamos transar?— Não consegue evitar arregalar os olhos com a pergunta direta dela. Que soou como se perguntasse o que comeriamos no jantar.

—O quê?— Eu a fitei esperando que Natasha dissesse que estava brincando, mas ela me encarou como se eu fosse idiota. —Você aparece do nada na casa alheia e propõe sexo como se perguntasse as horas?—

Dirty And Sinful Secret | Romanogers.Onde histórias criam vida. Descubra agora