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Anatoly olhou para Manuela com incredulidade. Logo se recompôs e deu um sorriso irônico. Olhou para Emiliano.

- Vai deixar a sua amante falar assim com a sua esposa?

- Cale-se, Anatoly. Você nunca foi minha esposa. Nunca foi sequer uma mãe de verdade. Diga logo o que você quer e desapareça das nossas vidas. Não foi tão difícil na primeira vez, não é?

- Meu Deus, Emiliano. - falou como se tivesse sido insultada. - Eu não morri, não pode simplesmente agradecer.

- Desculpe não conseguir fingir, Anatoly. Mas pra mim e para as minhas filhas seria muito melhor que você continuasse morta.

O olhar dela se enfireceu e Anatoly se levantou.

- Eu amo as minhas filhas e amo você. - Se não tivesse com tanta repulsa dela, Emiliano teria rido. - Eu caí daquele maldito precipício porque estava louca depois do seu pedido de divórcio. 

- Você fingiu sua própria morte, Anatoly, não queira me fazer de otário porque isso você nunca conseguiu.

- Eu não fingi minha morte. Você me deu como morta. Eu perdi a memória, não vou ficar me repetindo.

- Eu não lhe dei como morta. Bombeiros vasculharam aquela área por uma semana e nenhum sinal seu. Precisaram de dois anos pra fazer do seu desaparecimento conclusivo. Eu tenho a sua certidão de óbito emitida pelo Estado.

- Enfim, não vou ficar discutindo isso. Eu estou bem viva e quero tudo o que é meu por direito. - olhou para Manuela com ar de superioridade. - Meu marido e minhas filhas.

- Vamos ser bem objetivos, Anatoly. - falou ele com impaciência. - Sei que a paciência nunca foi uma virtudo inerante a você. - ela sorriu. - Quanto você quer pra voltar para o quinto dos infernos e nos devolver a paz que só a sua ausência proporciona?

Ela ensaiou olhos magoados, mas Emiliano a conhecia muito para acreditar.

- Você continua o mesmo bom negociador. - sorriu. - Eu vim aqui com o coração aberto, Emiliano, cheio de amor para dar à você e às nossas filhas. Mas como isso será impossível, vamos falar a linguagem que você entende. - ele esperou. - Quero conco milhões de dólares. 

Manuela arquejou, abismada. Anatoly sorriu mediante ao espanto da noivinha. Emiliano conhecia muito bem àquela víbora, então nem se espantou, sabia bem o que movia Anatoly.

- Eu dou dez milhõs. - ele falou.

- Meu Deus, querido. Que homem generoso tenho diante de mim.

- Mas você terá que assinar os papéis de divórcio.

- Isso não será necessário. Eu estou morta, esqueceu?

- Não. Não esqueci desse detalhe. Porém, vou me cercar para que você nunca mais volte a nos importunar. 

- Depois de tamanha generosidade, é claro que assino, meu bem.

- Assinará também um documento em que se opõe totalmente às minhas filhas. Onde você exclui totalmente os direitos à maternidade de Alissa e Bella.

Já era amor FINALIZADAOnde histórias criam vida. Descubra agora