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No dia posterior ao casamento que não aconteceu, Emiliano acordou cedo e ficou admirando a mulher de sua vida. Ela ressonava baixinho, mas ele sabia que ela não estava bem. Havia um vinco em sua testa demonstrando o quanto estava preocupada com  Anatoly. Queria poder matar a maldita que veio do inferno para atazanar mais uma vez a sua vida. Se fosse somente ele não se importaria, mas as pessoas mais preciosas de sua vida não sofreriam nem mesmo um instante mais por causa de uma mulher sem escrúpulos e totalmente degenerada como aquela. Emiliano a beijou levemente no rosto para não acordá-la e se levantou. 

Depois de fazer sua higiene pessoal e trocar de roupa, saiu do quarto. 

- Aguardo vocês daqui a meia hora. Obrigado. - finalizou a conversa com um dos advogados.

Desligou o celular e encontrou o pai já na mesa para o café-da-manhã.

- Bom dia, pai. - disse sentando à mesa.

- Bom dia, filho. Como estão as meninas e sua noiva?  - Emiliano suspirou enquanto colocava seu café uma xícara.

- Bella nem lembra da infame, então ela está do mesmo jeito. Alissa que me preocupou. Ficou apavorada com a possibilidade da mãe voltar e Manu ir embora.

- Diabos. - praguejou o pai.- Aquela maldita fez tanto mal devia estar ardendo no quinto dos infernos.

Emiliano entendi muito bem o sentimento de raiva do pai. Ele presenciara tudo o que Anatoly causou ao longo dos quase cinco anos que ficaram juntos.

- E a mãe? 

- Só dormiu depois de uma alta dose de calmante. Anatoly transtornou a todos. - Emiliano assentiu e continuou a comer. - O que você vai fazer, Emiliano?

- Devolver Anatoly ao mundo dos mortos. - seu pai arregalou os olhos e Emiliano sorriu pela primeira vez àquela manhã. - Acalme-se, pai, não vou matar a desgraçada. - o pai pareceu respirar. - Vou dar dinheiro. É isso o que ela quer.

Emiliano contou ao pai tudo a respeito da sua conversa com Anatoly no da anterior.

- Mas será que ela não pode voltar? 

- Se voltar, sabe que será presa. 

- E os pais dela, será que sabem que a filha permaneceu viva durante todo esse tempo?

- Duvido muito. Quando Anatoly morreu, não tinha um centavo na sua conta. Eu devia ter desconfiado, mas pensei que era somente porque ela gastava demais. Os pais sempre foram um inconveniente pra ela. Os pais não têm dinheiro suficiente pra bancar a vida de ostentação que ela gosta, então para que procurá-los? - o mais velho assentiu.

Quando os advogados apareceram e Emiliano contou-lhes tudo, tentaram dissuadi-lo a mudar de ideia, mas ele estava irredutível.

- Eu preciso me livrar dela e se é dinheiro o que ela quer, eu pagarei por minha paz.

Os dois advogados assentiram e se despediram. Emiliano voltou para o quarto e sua mulher ainda dormia. Deitou-se ao lado dela e aconchegou-a em seus braços. Manuela acordou.

- Bom dia, amor da minha vida. - ele disse ela sorriu se espreguiçando em seus braços.

- Bom dia, meu amor.

Já era amor FINALIZADAOnde histórias criam vida. Descubra agora