Capítulo 37 (Parte II)

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Pov Wendy

Fecho os olhos, voltando para minhas lembranças, era mais fácil permanecer nelas como se tudo o que eu tivesse tido até hoje como importante e centro da minha vida tornaram-se insignificantes. Encosto minha cabeça na poltrona, eu tentava inutilmente não pensar nele, mas tudo o que eu olhe me leva a Seth.

Eu havia ficado furiosa com sua apresentação a minha mãe. Sempre mantive as paqueras na escola escondidos, como um segredo. Naquela época eu tinha medo, sabia dos riscos caso me aproximasse de alguém da escola e as consequências para ambos, mesmo me tornando a mulher de gelo. Ainda há vestígios da menina que sonhava com um príncipe encantado, um amor e quando tive esse breve momento...

— Ainda está furiosa comigo? — Ele perguntou parando a minha frente.

Desde o jantar eu tentei ignorar, mostrar o quanto era indesejado, mas suas palavras foram como músicas ao meu ouvido, nunca ninguém dissera que era meu namorado e a simples sensação me causou medo e vergonha. Medo por não entender como tudo estava me levando a ele, sem seguir qualquer regra e vergonha por que... Ele é tão jovem, cheio de sonhos.

— Wendy?

Soltei nossas mãos, continuando a andar.

— Por que insiste em fazer isso? — Perguntei apressando os passos.

— Dá para parar de andar como uma louca — disse segurando meus ombros, obrigando-me a encará-lo.

— Você não tinha esse direito de ir à minha casa e ainda por cima mentir para minha mãe, Seth.

— Mas eu não menti— ele me soltou socando a árvore — Droga, Wendy!

— Se machucou? — Perguntei tomando suas mãos.

— Não — respondeu num sussurro encostando nossas testas — Eu só quero participar da sua vida. Pode para de me excluir dela?

— Não, infelizmente não, mas eu preciso reconhecer que você é muito persistente —sorri.

— Sabe que não vou desistir de você.

—Pensando nele de novo e chorando? — Claire entrou em meu quarto jogando mais uma pasta ao meu lado.

— Não tenho mais o direito de sofrer sozinha? — Perguntei com escárnio abrindo mais uma de suas pastas — Quem é esse?

— Um dos secretários gerais, encontre-o e dê um final para sua triste vida, entregue esse envelope na casa do senador Volturi depois volte e continue agindo como uma adolescente que terminou com o primeiro namorado.

— Ás vezes penso, por que realmente te aturo?

— Você me atura porque no fundo somos iguais, a única diferença é que não estou sendo regrada por hormônios ou um coração bobo.

— Já terminou? — Pesquisei olhando o dossiê.

— Não — ela disse se sentando a minha frente retirando os papéis de minha mão.

— Desse jeito não vou memorizar o endereço ou os detalhes e posso deixar vestígios. Não que faça alguma diferença já que o FBI ou qualquer merda da polícia deixará isso como um crime idiota como latrocínio ou um acidente de carro, sem uso de armas como consta no último parágrafo.

— Já pensou no que fará com isso? Refletiu as opções.

— Quer mesmo saber a minha escolha ou tem medo que eu faça o mesmo que você?

Casados Pelo Acaso (Fanfic)Onde histórias criam vida. Descubra agora