Capítulo 29

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Pov Wendy

Deixei que a água massageasse meus músculos. Eu queria que também tivesse o poder de apagar o que eu sinto. Frustração dividida entre o dever e o sentimento que alojara no meu coração. Não tinha conseguido terminar o serviço no prazo proposto, mas o pior de tudo era o fato de não conseguir me afastar dele.

Desliguei o chuveiro vestindo o roupão indo para a cozinha me servir de mais vinho. Como se isso fosse me tranquilizar.

— Já vai! — Gritei quando a campainha tocou.

Coloquei a taça em cima da mesa de centro e olhei pelo olho mágico.

Não evitei o sorriso ao abrir a porta.

— Sabe que deve ligar antes.

Seth sorriu me entregando um buque de rosas brancas.

— Isso não vai adiantar — agarrei sua camisa o puxando para dentro, fechando a porta — Eu não quero problemas.

— Problemas? — Enlaçou minha cintura me deitando no sofá — Por que problemas? Não posso visitar você mais? — Perguntou beijando meu pescoço —Tenho que redimir minha falha.

— Falha — sorri o afastando — Sexo não é solução, garoto.

Ele ignorou meu comentário, mudando de tática.

— Que sair comigo? Inauguraram um restaurante. Comida mexicana.

— Prefiro ficar em casa.

— Sozinha ou acompanhada?

— Você faz muitas perguntas — suspirei — Seria um desperdício te mandar embora agora. Sua mãe não gostou de me conhecer.

— Mas eu gosto de você, então não temos problemas.

Eu queria dizer que Seth estava errado. Racionalmente, entendia as preocupações de Sue.

— Posso ficar?

— Desde que pare de ficar perguntando como se precisasse de autorização. Assim me sinto mais velha do que sou e não no papel de... — Não encontrei uma palavra que se encaixasse em nossa relação.

— Namorada.

— Nada de compromissos, Seth. Talvez eu vá embora amanhã ou depois.

— Suas regras, nada de objeções — disse sério encostando nossas testas — Eu esperava que mudasse de ideia e ficasse aqui.... Comigo.

Virei o rosto sem coragem de fitá-lo.

— Por que não liga no restaurante e pede para entregar aqui, enquanto eu visto alguma roupa confortável.

Sua mão infiltrou dentro do meu roupão e ele sorriu maliciosamente.

— Para que?

— Tarado. Vai ligar logo que eu estou morrendo de fome.

— Também estou, mas de outra coisa.

— Você dormiu aqui a semana inteira. Tem roupas suas no meu quarto. Praticamente invadiu meu espaço.

— Falando desse jeito sinto até vontade de me mudar de uma vez. — Disse beijando-me se afastando rápido demais.

— Volta aqui — puxei sua mão ataquei sua boca, seguindo para seu pescoço.

— Depois o tarado sou eu — suas mãos ocuparam-se em retirar meu roupão enquanto as minhas sua camisa.

— Droga! — Falei pegando o celular.

Casados Pelo Acaso (Fanfic)Onde histórias criam vida. Descubra agora