Casados Pelo Acaso (Fanfic)

Capítulo 7

Pov Renesmee

Em nenhum momento Jacob disse uma palavra, acho que estava com raiva porque a filhinha do papai não cumpriu a promessa. Chegamos ao meu novo lar. Lar? Como se fosse possível. A rua estava praticamente deserta, as casas ao lado tinham as janelas abertas e o silêncio não parecia nada acolhedor.

A casa era bonita, mas faltava algo. Os móveis eram estranhos e frios, acredito que todos os cômodos traziam a mesma sensação. Sentei-me no sofá abraçando minhas pernas, eu queria gritar, sumir. As lágrimas rolavam e eu nem me importava em enxugá-las, de alguma forma eu desejava que tudo terminasse agora.

Se não tivesse sido convencida pela Leah, quem sabe tudo fosse diferente? Eu queria ter a capacidade de mudar meu presente, mas é impossível. Encurralada nas minhas próprias escolhas, um destino incerto. O que fazer? Já sei viver como um conto de fadas! Quem eu engano? Levantei, eu nem sei se isso vai até o final: Viveram felizes para sempre.

Caminhei até a porta.

— Aonde vai? — Jacob perguntou.

— Preciso de ar, pensar em alguma coisa sem ninguém para tomar uma decisão contra a minha vontade.

— Você tem que parar com isso! — Jacob gritou irritado.

Bati a porta com força e o encarei:

— Parar? Eu não mandei você ir atrás de mim.

— O prazo tinha acabado. Você não ligou nem nada.

— Eu não sou sua irmã para lhe dar satisfações do que eu faço ou deixo de fazer.

— Exatamente. Você não é minha irmã, é minha esposa!

— Por enquanto — respirei fundo — Isso é um pesadelo e o único culpado disso tudo é você!

— Eu? — Ele perguntou confuso — Não lhe obriguei a nada.

— Mas podia ter parado tudo. Poderia não ter vindo até mim na festa. Poderia ter negado o meu pedido idiota. Poderia ter mantido suas mãos longe de mim, mas você fez o contrário. Você contribuiu para estragar tudo — disse antes de sair.

Felicidade, uma palavra tão longe da minha realidade. Eu me sinto insegura, até o meu pai, meu melhor amigo me virou as costas. Por que não o mandou embora, chamou todos os advogados, o expulsava de casa, tomasse todas as decisões diferentes?

— Que raiva! Eu não quero ser uma esposinha dona de casa e mãe.

Sentei encostada em uma árvore, o tempo ficou frio. Se eu adoecer termino isso mais cedo. Olhei para aliança em minha mão a tirei, jogando em qualquer lugar. Levantei a blusa, meu ventre continuava liso. E se não existisse nenhum feto ali, se eu aceitasse o que Tânia disse tudo voltaria ao normal?

Pov Jacob

— Filho?

— Oi mãe. A que devo a honra da sua visita?

— Vou ignorar seu sarcasmo. Cadê ela? — Perguntou olhando em volta.

— Foi esclarecer as ideias — falei entre aspas — depois de jogar toda culpa em mim.

— Jacob, tenta entender, ela está zangada e grávida, as mulheres mudam com isso. Muita responsabilidade e ela é tão jovem.

— Obrigado por dizer que eu sou velho. Ai! Mãe isso machuca — massageei meu braço.

— Deveria arrancar sua língua — ela se sentou ao meu lado — Vai atrás dela agora, seja um amigo, conquiste-a. Não disse que tinha um ano, pois bem, um ano passa rapidinho, e embora, seja uma cidade pequena ela está lá fora sozinha e desprotegida — Sue suspirou — Jacob, casamento com amor não é fácil, imagine você no lugar dessa jovem que tinha proteção e cuidado.