Capítulo 28

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Capítulo 28

"Anni abriu os olhinhos pela primeira vez hoje, estou tão alegre, porém com medo das coisas horríveis que ela vai te que  ver nessa família. Quando suas pequenas pálpebras abriram... Seus olhos, eles são tão lindos, intensos e pareciam me julgar. Lembrando-me os segredos que estou aguardando. Eu sei que vou conseguir, vou embora com a Anni daqui, só esperava que Luciana mostrasse que quer ir também...
Sinto que a cada momento pode acontecer algo ruim...

Ps' Ainda não sei o que dizer para o pai da Anni. Mas parece que ele entende que quero que sejamos apenas amigos..."

- "Diário" de Renata

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  - Calma, você está toda drogada. - Breno enlaça minha cintura com seu braço. Ele me ajuda a chegar na cama, que antes era uma tarefa rápida e difícil agora.

  É estranho, você ser costurada. Ficar sem lembrar de nada e por fim acordar no hospital.  E só aí, lembrar que o amigo do seu avô, na verdade, era um grande filho da puta. Um psicopata que matou sua mãe e sua avó, que me mataria... Ele me mataria...

- Ei, tenta não pensar tanto - Breno percebe que eu olhava pro nada. Breno acaricia minha bochecha, suas mãos estão frias, seria assim que eu estaria se tivesse sido morta. Fria...

- Eu... - Seguro sua mão e sorrio de leve. - preciso só deitar e... Comer algo.

  - Ok.. - sorri de leve. - Eu vou trazer algo e ficamos na cama.

Afirmo com a cabeça. Breno levanta para fazer algo, mas seguro sua mão antes.

- Luciana foi embora rápido. E.. estranha... - Menciono.

Breno balança a cabeça com bico.
- Ela é estranha por si só. Não?

- Ah... Não, ela estava mais diferente. - digo.

- Bem.. ela estava no celular falando com alguém, parecia que alguém irritou ela. - Breno volta a se sentar na cama.

  - Então tem mais coisa acontecendo. - Olho Breno séria.

Ele toca meu braço e faz carinho.

- Acabou, Anni.

Baixo a cabeça e seguro a onda de choro.
- Então por que eu sinto que nada acabou ainda?

Minha voz trêmula indica meu estado e Breno chega mais perto para um abraço.
Ficamos assim por bastante tempo. Será que é os remédios estão me deixando emotiva? Remédios fazem isso?
Limpo meu rosto e respiro.

- Preciso ir falar com a Luciana, preciso ir na mansão. - Digo. Breno me solta devagar, encosto-me na cabeceira da cama.

- Você precisa descansar. - afirma uma coisa óbvia, mas ignoro.

- Eu descansei um dia todo no hospital.

- Sim. Descansou, no hospital. O médico disse descanso em casa também, Anni.

Cruzo os braços e Breno imita. Preciso tirar essa sensação de algo ruim, vai ver é ter minha última conversa com Luciana, por um fim...

  - Nilton já está preso e vai ser acusado de tudo que aconteceu, até da sua mãe e avó. Luciana mesma disse que vai usar os poderes do céu e terra para deixá-lo na cadeia. - Breno ri sem graça - E não dúvido nada que ela tente fazerem que ele vá para morte, mesmo não sendo feito aqui.

  Penso no que ele diz. Mas ainda não saí.

- Me leva de carro. Não vou andar quase nada. Por favor. - Seguro sua mão.

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