Capítulo 22
Mentira, mentira, mentira. MENTIRA!
NÃO CONFIE, NÃO CONFIE. A cabeça da Anni quase sempre gritou essas palavras quando estava perto da família. Pensou que depois de ir embora, essas palavras diminuiriam.
__________________♥____________________Bocejo. Sinto as cobertas todas em cima de mim, está tão quentinhas. Ainda de olho fechado, coloco a ponta do meu pé para fora das cobertas e sinto o frio da manhã. Volto a colocar o pé dentro da minha cápsula quentinha.
Parece que sempre o frio faz meu sono continuar. Porém, preciso agilizar minha vida, não posso me dar o luxo de ficar na cama durante o dia todo.
Abro os olhos e as cortinas estão meio abertas, mas sem luz do Sol. Está nublado. Levanto e me encosto na cabeceira da cama, um silêncio reina pelo quarto. Onde Breno está?
Viro a cabeça e sinto-a doer. Droga de bebida. Ou melhor, bebidas. Estou só com uma blusa de dormir e calcinha. Breno deve te me trocado. Que estado deprimente, eu combino um encontro com o homem e saiu bêbada.
Vou ao banheiro na ponta dos pés e procuro remédio de dor de cabeça. Tomo meu banho e visto um moletom e calças legging. Parece que o clima entristeceu.
Procuro Breno em todos os cômodos, mas só encontro um bilhete dele. Com uma letra bem feita.
Bom dia. Fui comprar nosso café, não coma nada! Você vai gostar de esperar.Sorrio. Decido então voltar para cama e esperar o tal café da manhã. São 7horas, então não sinto tanta fome.
Ligo a tv e me aconchego na cama. Porém, sinto alguma coisa puxar minha atenção para bolsa de Breno, o envelope ainda está ali.
Sua cor parda, o papel que estava dentro, agora está meio para fora do envelope.
Viro meu rosto para TV, não vou olhar... Isso é acabar com a privacidade de alguém...Mas... Aquele é um dos envelopes que meu avô usava. Bufo. O remédio não está fazendo efeito para dor ou é as vozes malvadas da minha cabeça?
Fico num impasse. Ora olho a tv, ora olho o envelope.Saio rápido da cama antes que me arrependa e pego o envelope. É uma carta do meu avô para Breno. Hm...
Mordendo o lábio, abro o pequeno papel frágil. É a letra do meu avô mesmo, com uma gráfica como se estivesse no século 16. Ainda não entendo como ele fazia e o motivo de gostar.
Foco no entendimento da letra e começo a entender.Caro Breno,
Venho nesta carta informá-lo de certas coisas que devem ser mantidas em segredos. Minha Anni é frágil para essas informações. Nunca conte sobre a Renata. Mas se essas informações chegarem nela, peço que cuide dela. Sempre pensei no bem dela, sempre tentei dar a ela uma família que a amasse. Tanto que fiz minha própria filha fingir ser sua mãe. Uma tragédia o que aconteceu com a minha filha, a Renata.
Lembro no dia em que adotei, Luciana no começo não gostou, ficou em uma escada entre ódio e amor. Não sei até hoje se esse amor foi, de certa forma, correspondido. Teria sido uma lástima para família Luciana namorar Renata.
Anni foi um tesouro que surgiu, saber de Renata pode deixa-la nervosa, ter crises, ela pode ficar fascinada pela verdade e querer se machucar. Ela foi a única que não veio com defeito para aquela família.
Conheço você desde de pequeno, você e Anni eram amigos pequenos, você tem a minha confiança. Cuide dela.Um grande abraço,
SantiagoNão acredito. Mentira, mentira, mentira.
Eu não consigo pensar. Eu de primeiro momento sinto tristeza, mas ela sempre vai evoluir, então a raiva vem, ela se agita.
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Herança
Teen Fiction+16 Anni perde seu avô, isso a destroça por dentro. Seu avô já sabia que iria morrer, então antes deixa uma herança para Anni, mas só podendo recebê-la fazendo uma lista de afazeres. Essa herança vai trazer verdades, brigas na família ambiciosa e um...