❥ Capítulo 25

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Victoria Freitas

Encaro Edgar que explicava pela quarta vez o plano para entrar na casa do Jonas.

- Certo,mas isso não é crime? - Natália, a irmã do Jonas pergunta.

Ela topou ajudar os policiais na investigação assim que soube como o seu irmão era um monstro. Disse que queria justiça por todas as vítimas e não é só porque ele é o seu irmão que ela acobertaria uma atrocidade dessas. Tanto é que ela passou alguns dias na sua casa vendo tudo que ele fazia e dizendo tudo para o Edgar e os policiais presentes na investigação.

- Não sobre observância das formalidades legais. - Edgar responde a sua pergunta.

- Por que não pedem um mandato?

- Ele é muito influente. Se pedirmos um mandato,irão avisá-lo e tenho total certeza que ele sumirá com as provas.

- Mas obstrução da justiça não é crime? - Ela questiona mais uma vez.

- O nome certo é obstrução à Investigação de infração penal de organização criminosa. - Digo e ela me olha sem entender nada. - E sim,é crime. Mas, você mesma disse onde ele guarda as coisas. Vamos ter fé que tudo vai dar certo.

Natália assente ainda sem entender. Rezo pela quinta vez no dia e entro no carro do Edgar seguindo em direção a casa do Jonas.

Eu ainda tinha as chaves da sua casa e só precisaria entrar,pegar a pasta de documentos que ele esconde no cofre e sair como se nada tivesse acontecido.

Respiro fundo quando paramos em frente ao seu condomínio. Eu estava com um pressentimento ruim e só rezava para tudo dar certo.

- Tem certeza que quer fazer isso? - Edgar pergunta segurando minhas mãos em um ato carinhoso.

- Sim, eu preciso fazer isso. É o mínimo. - Solto a sua mão limpando as lágrimas que já estavam escorrendo.

- Cinco minutos é o suficiente para você voltar. Qualquer coisa você me diz por esse rádio de comunicação. - Ele afasta meus cabelos carinhosamente colocando o rádio no meu ouvido. - Vai dar tudo certo,ok? - Edgar beija minha testa antes de eu sair do carro.

Enrolo o porteiro dizendo que precisaria entrar para fazer uma surpresa para o Jonas e ele me diz que ele saiu de manhã mas não havia chego ainda. Abro a porta da sua casa e um misto de sentimentos ruins me assombram.
Vou até seu escritório onde ficava o cofre atrás da estante com livros,abro a porta devagar a deixando encostada.

Faço força para empurrar a estante e vejo o cofre muito bem escondido. Coloco a combinação de senhas que era mais tosca que a senha do meu notebook e o cofre é aberto, vejo a pasta preta que Natália havia falado.

Saio do escritório respirando fundo por ter conseguido,agora era só passar pela porta e tudo daria certo. Fecho a porta com cuidado e vou andando de fininho até a saída.

- Onde você pensa que vai? - A voz de Jonas soa do alto das escadas me causando um arrepio e uma sensação horrível. - O que você tá fazendo com a minha pasta em mãos?

Corro até a porta da sala mas antes mesmo de chegar a sua mão me segura me jogando ao chão. Levo a mão até meu ouvido para chamar o Edgar mas é falho pois perdi o aparelho assim que ele me jogou no chão.

- Jonas... por favor. Me deixe ir. - Faço forças para levantar e ele dá um chute na minha barriga me jogando para longe. A dor que eu senti foi mil vezes pior de quando ele me batia para transar.

- Agora você pede por favor? O que você estava fazendo na minha casa e com a minha pasta? - Jonas da um tapa na minha cara me segurando pelos cabelos. Cuspo na sua cara e isso o faz me bater mais.

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