CAP 12 ME DEIXE EM PAZ VISÃO: OLÍVIA
Quando me escondi naquele armário, tentei segurar a respiração para que ninguém me percebesse. A pessoa entrou, ela parecia machucada. Comecei a suar frio, mas estava confiante. Se fosse só ela, eu poderia dar conta quando algo desse errado. Um alarme começou a tocar e a pessoa saiu apressada. "Ufa..." pensei comigo mesma "Não, pera... Se um alarme tocou, algo deu errado!" Com cuidado, abri a porta e passei a chave na porta. Então segui em direção às câmeras e comecei a procurar um rosto conhecido ou uma atitude suspeita em um rosto mascarado, achei os dois depois de algumas rodadas. Aparentemente Eduard estava em uma sala com experimentos e Jane estava em uma sala com registros. Preocupada com a nossa segurança, pensei em três opções viáveis: fugir, ficar presa na base com meus amigos ou procurar ajuda. Decidi pela terceira opção e abri a porta, correndo em direção aos portões, que estavam fechando rapidamente. Me joguei nele em meio a gritos e desabei no chão da floresta, ralada mas viva. Corri o mais rápido que consegui pela floresta em direção a casa do Ben. Entrei pela porta, esbaforida, com a cópia da chave que tinha recebido dele, mas ele não estava na sala, portanto fui procurá-lo. Passei pela cozinha e achei um bilhete preso na porta:
"Li o bilhete da Liv, fiquei preocupado mas acredito em vocês. Se alguém voltar e eu não estiver aqui, vou pescar o jantar na parte norte da floresta. Cuidem da casa.
Ass:Ben"
Assim que terminei de ler, busquei minha bússola e peguei uma arma. Sai da casa, trancando-a e corri em direção a parte norte da floresta, apenas com a luz da lua me iluminando e minha bússola me guiando. Eu corri com forças que nem tinha mais, até esbarrar em alguém.
- Ai... - Ben gemeu - Oli? Você tá bem?
Eu tentei levantar ao mesmo tempo que ele, e acabamos caindo novamente, agora em uma posição não muito boa. Eu estava com as mãos ao lado de sua cabeça, e com o corpo por cima dele, nossas respirações se misturando ao ar frio da noite. Ele deu um sorriso de lado e me deixou levantar primeiro, ajudei ele em seguida e logo comecei a falar, tentando apagar o momento constrangedor entre nós:
- Eu preciso muito da sua ajuda... Eddie teve um plano, que envolvia túnicas, máscaras e uma base de uma organização secreta no meio de uma floresta. Estávamos procurando respostas quando o lugar todo se fechou, eu consegui escapar e vim te procurar... - ele parecia estupefato - Eles estão em perigo... Por favor - supliquei
- Ei... Oli. Claro que te ajudo. Mas você tá bem? Se machucou?
- Não, só me ralei um pouco mas nada que água e sabão não possam curar - dei um sorriso amarelo, acanhada com sua preocupação - Vamos?
Nós seguimos correndo até a base novamente, no caminho encontramos uma pessoa de máscara, com quem eu cuidei num simples golpe. Ben vestiu a túnica por cima da roupa e colocou a máscara e continuamos o percurso. O lugar estava estranhamente vazio e a porta estava escancarada, como estava uma pilha de nervos nem prestei muita atenção, mas era muito estranho. Quando chegamos em um corredor mais afastado e sem câmeras o parei e disse:
- Ben, para aqui um pouco... Preciso que a gente se separe para acharmos eles o mais rápido possível. E..olha, toma cuidado. Tudo tá tão vazio, tô achando isso estranho. Procura a Jane, tem várias portas pela base, a última vez que a vi ela estava em uma com uma placa escrito Registros. Se cuida e... Volte vivo ok? - eu sorrio - Para mim, beleza?
Tiro nossas máscaras rapidamente e roubo um selinho dele, antes de sair correndo em busca de Eduard. Procurando pelos corredores pela tal porta, eu ainda estava saltitante por conta do rápido beijo, mas parei rapidamente quando vi uma pessoa vindo em minha direção. Tentei agir normalmente, mas reconheci seu passo familiar. Era Luke. Gemi baixinho e ele estancou. Eu continuei a andar, um pouco mais rápido dessa vez, fingindo que nada tinha acontecido, mas Luke gritou em alto e bom som, a voz parecendo ecoar dentro dos meus ossos:
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Os três mundos {(Livro 1)}
Science FictionTrês adolescentes vivem em realidades diferentes e, sem saber o porquê, acabam sendo levados para dimensões que não são as deles. Eles vão ter que encarar esta nova realidade e descobrir o motivo de estarem lá.