Capítulo 4 Um jogo perigoso

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Como todos estavam demasiado cansados da viagem, decidiram ficar em casa na conversa e nos jogos. Todos, excepto David, que para variar, estava no escritório da cabana a trabalhar, só depois de Diana lhe chatear a cabeça, ele finalmente veio para a beira do grupo, que estavam a jogar as cartas.

-Finalmente consegui tirar o viciado em trabalho, do casulo – disse Diana rindo e sentando-se ao lado de Lucas – O que estão a jogar?

Estavam todos sentados num círculo, ao lado de Lucas estava Leo e Afonso, seguido de Daniel e Rafaela, e por fim Helena, David sentou-se entre Helena e Diana e quase berrou quando viu Daniel com um braço a volta de Rafaela.

-Estamos a jogar as cartas quentes – disse Lucas – Vais gostar deste jogo.

-Cartas quentes? – perguntou Diana rindo – Parece divertido. Como se joga?

-Cada vez que alguem perde tira uma peça de roupa, o primeiro a ficar de roupa interior sai do jogo – explicou Lucas.

-Parece divertido – disse Diana.

-Parece uma brincadeira de crianças – disse David.

-Vai ser divertido – disse Helena – Não sei se é melhor ganhar ou perder.

-Não vou jogar a isso. Parece uma estupidez – disse David.

-Por favor, vai ser divertido – tentou novamente Helena – Aposto que és bom a jogar as cartas e que vais ganhar.

-Vá lá meu, não sejas desmancha prazeres – disse Afonso – Já basta a Rafa não querer jogar.

-Talvez ela tenha medo de perder – disse David olhando para ela como se a desafia-se.

-Na verdade eu quero jogar – disse Rafaela zangada com o comentário – Mas deixem estar o rapaz em paz, que ele tem um grande mau perder.

-Na verdade, eu sou ótimo a jogar as cartas – disse David agora furioso – Vamos lá jogar.

-E se deixarmos as coisas mais interessantes – disse Helena – Quem perder tira uma peça de roupa e fica de fora, quando só tivermos dois fazemos uma batalha final, quem ganhar tem direito a um beijo do último jogador que perdeu. Se o vencedor for um homem beija a última mulher em pe, e se for uma mulher beija o último homem que ficou em pé.

-Parece divertido – disse David olhando intensamente para Rafaela.

Na primeira rodada, Diana acabou por perder e tirou as suas calças. Na segunda rodada, Lucas e e Afonso perderam empatando em último e tiraram a camisola. Na terceira ronda, perdeu Leo e tirou a camisola. Na quarta ronda, estavam somente David, Rafaela, Daniel e Helena.

-Não devias ter convencido a Rafaela a jogar – disse Lucas rindo pela abadá que ela estava a dar a todos – Ele é muito boa.

-Na verdade, nunca joguei as cartas – disse Rafaela rindo.

-Sorte de principiante – disse Helena zangada, por ela ter acabado por perder.

Helena tirou as suas calças e ficou meia amuada, porque queria vencer para beijar David.

Restava agora apenas David, Rafaela e Daniel, assim começaram a quinta rodada e Rafaela achava que ia ganhar, mas ficou sem sorte e acabou por perder. Por isso tirou a camisola, o que revelou o seu sutiã preto rendado que tinha por baixo da roupa

-Parece que quem ganhar a seguir, ganha a Rafaela – disse Lucas sorrindo para o irmão.

A sexta e última ronda era entre os dois homens e quem vencer tinha direito a um beijo de Rafaela e por isso os dois lutaram fortemente. David sabia que podia ganhar, porque jogar as cartas foi uma das coisas que a sua antiga professora lhe tinha ensinado, mas estava tão destraido com os olhares e risos que Rafaela trocava com Daniel, que acabou por fazer uma jogada fatal e acabou por perder.

-Parece que temos um vencedor – disse Afonso.

-Obrigada foi um ótimo jogo – disse Daniel sorrindo – Mas não tens de o fazer senão quiseres, Rafa. É só um jogo.

-Como se ela te quisesse beijar – disse David sorrindo.

-E quero – disse ela zangada com o comentário.

-Não tens de o fazer – disse Daniel novamente – Não te vou obrigar a nada, nem te vou julgar.

-Ao contrário de outras pessoas – disse ela sentando-se no seu colo – Eu quero.

Rafaela beijou Daniel suavemente nos lábios e este recontribuir puxando-a cada vez mais para si, com as duas mãos nas suas costas. Ficaram assim uns minutos, até os dois acordarem com o som da cadeira de David a cair ao chão porque ele tinha fugido do jogo com vontade de matar alguém.

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