Capítulo 29 Uma "reunião"

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Uma hora depois, Rafaela já tinha mostrado todo o edifício a David e foram de novo para o elevador, para voltarem para o trabalho, mas por sorte, desta vez estavam sozinhos e por isso David carregou no botão do stop e amarrou Rafaela contra o seu peito musculado, contra a parede, beijando-a de forma selvagem, enquando a sua mão subia pelas suas pernas até o interior da sua coxa. Quando ficaram sem ar, ele pousou-a no chão e voltou a carregar no número do andar.

-Elevadores! – disse ele, sorrindo.

Quando chegaram ao seu andar, David foi em direção do seu novo escritório e Rafaela voltou para a sua secretária, os seus dois amigos estavam lá, a espera, com olhos de entusiasmo.

-Então? – perguntou, primeiro, Hélio.

-Como é ele? – perguntou, depois, Júlia – Para além de gato, claro.

-Intenso – respondeu ela, depois de uns mintuos sem saber o que dizer.

-Só isso? – perguntou Júlia.

-Sim, que querem que diga? – perguntou Rafaela, sabendo que não podia dizer a verdade.

-Que deram uma no elevador – disse Hélio rindo, o que a fez corar.

-Vocês são loucos! – tentou Rafaela, desviar o assunto.

-Olha que eu não me importava de comer um bocado daquele pedaço – disse Júlia, mostrando a língua a amiga.

-Tu não te importavas de morder um pedaço de todo o homem que tenha um pedaço para morderes – disse Hélio, rindo.

Nesse momento, o telefone de trabalho de Rafaela começou a tocar e ela sabia que era David.

-Sim? – disse ela, atendendo o telefone.

-Será que podes chegar aqui, que preciso mesmo de ti, porque aquele bocado a pouco não chegou – disse David, do outro lado.

-Quê? – perguntou ela, com a voz meia a tremer.

-Preciso de ti! Inventa uma reunião qualquer e vem para a minha beira.

Rafaela desligou o telefone com força e começou a ficar enervada.

-Que se passa rapariga? – perguntou Hélio – Tens cara de quem viu um fantasma.

-Não é nada, é o só chefe a ser um idiota – explicou ela.

-Não me digas que te pediu um favor sexual? – perguntou Júlia.

-Mas o que raio estás a falar? – perguntou Rafaela, ainda mais zangada.

-Calma, estava a brincar – disse Julia – O que é que ele quer?

-Ajuda a perceber uns papéis, mas digamos que não tem maneiras – explicou Rafaela.

-Já sabes que os ricos são todos uns mimados e não tem de pedir por favor para terem o que desejam – disse Júlia, dando aos ombros, ambas estavam acustumadas a lidar com ricos mimados.

-Pois já sabemos!

Rafaela levantou e foi em direção do seu escritório, quando entrou fechou a porta, porque sabia que aquela "reunião" ia acabar numa discussão.

-Finalmente! – disse David, quando a viu.

Rafaela entrou na sala e parou a frente da secretária em que ele estava sentado.

-Tu estás tolo? – perguntou ela, quase aos berros.

-O que se passa, querida?

-O que se passa? Mas tu não tens noção das coisas que fazes?

-Rafaela por muito que goste de te ver irritada, vais ter de me explicar o que passa para me poder explicar.

-O que é que achas que se passa? Que tal, explicares o que estás a fazer no local onde trabalho?

-Estou a fazer o mesmo que tu, claro. Estou a trabalhar.

-Tenta antes, estás a tentar controlar-me, como sempre.

-Rafaela não é nada disso. Quando comprei esta empresa, o meu pessoal descobriu que alguém anda a desviar muito dinheito e é por isso que estavam quase na falência, foi por isso decidi vir investigar, assim que descobrir a toupeira vou me embora.

-Juras?

-Claro que sim. Achas que vinha trabalhar para aqui, só para te controlar?

-Não era a pior coisa que já fizeste.

-Justo, mas eu já não sou essa pessoa. Agora podes vir para a minha beira um pouco?

-Não.

-Não?

-Não, David. Se vamos trabalhar juntos, aquilo a pouco no elevador não pode acontecer mais. Estamos juntos lá fora, aqui dentro somos apenas conhecidos e não quero que saibam da nossa relação.

-Mas porquê?

-Porquê é que achas? As pessoas iam dizer que ando a dormir com o patrão, para subir na minha carreira. Achas que consegues fazer isso?

-Se prometeres que és toda minha no resto do tempo.

-Já sabes que sou toda tua, só não aqui dentro. Pode ser?

-Claro, por ti tudo. Vou tentar, mas não sei se é possivel resistir-te, principalmente nessa saia.

-Eu sei que consegues, agora vou trabalhar, então.

Rafaela sair do escritório de David, mas soube nesse momento que talvez ele tivesse razão e resistir-lhe a semana toda ia ser um trabalho difícil, mas teriam de conseguir.

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