No dia seguinte, Rafaela acordou na cama de David, que ia ser na verdade a cama dela dentro de alguns dias, tinham combinado mudar-se aos poucos, para ser mais fácil para ela. Rafaela levantou-se e vestir uma das camisas de David, porque era o que estava mais a mão. Desceu as escadas e deparou com ele, a cozinhar panquecas somente de boxers.
-Bom dia! – disse ela, aproximando-se dele.
-Bom dia, querida! – disse ele, pegando nela e sentando-a na bancada – O pequeno almoço está quase pronto.
-Sabes do meu carregador, querido? – perguntou ela, sorrindo – Tenho o telefone sem bateria e ontem a noite tinha dez chamadas do teu irmão.
-O que ele queria?
-Não sei, liguei-lhe quando cheguei a casa, mas não me ligou de volta.
-Já chega de falar do meu irmão – disse ele, beijando-lhe o pescoço – És deliciosa de manhã.
-Podia-me habituar a isto – disse ela, sorrindo.
-E bom que te habitues, agora que és minha, vinte e quatro horas por dia, sete dias da semana.
-Sabes que ainda não me mudei e o posso mudar de ideias, certo?
-Sabes que posso ter a tuas coisas em minha casa ainda hoje, certo?
-Maniento pelo controlo, senhor cozinheiro. Já agora, sabia que cozinhar sem roupa é um crime contra a cozinha?
-Não sabia, mas tinha de estar vestido para a ocasião, porque só com a minha camisola vestida, és capaz de me dar um ataque do coração – disse ele, beijando-a – Deixaste estar aí sentada, que vou virar a última panqueca.
-Queres que fique sentada no balcão frio da cozinha?
-Sim, já estou quase.
David virou a última panqueca e trouxe-as todas para a beira de Rafaela, foi ao frigorífico buscar o mel, trouxe o banco para a frente dela, sentou-se e cortou um pouco de panqueca.
-Abre a boca! – disse ele.
Rafaela fez exatamente isso e ele deu-lhe a comer um pouco de panqueca.
-Que delícia! - disse ela, lambendo os lábios e mordendo-os um pouco também.
-Tão bom como a minha chefe pessoal?
-Por falar em chefe, quero fazer-te uma pergunta.
-Diz! – disse ele, dando-lhe um prato com uma panqueca e pegando noutro para ele.
-Vais ter de voltar a ir ao meu trabalho?
-Acho que sim. Ainda tenho de encontrar alguém para subsituir o teu antigo chefe. Porquê?
-Porque as pessoas vão falar e vão descobrir que somos um casal.
-E depois?
-Vão achar que ando a dormir com o patrão para subir de lugar.
-Eu por acaso tenho uma proposta para ti, para impedir esses comentários.
-O quê?
-Aceitas casar comigo.
-O quê? – Rafaela quase ia morrer esganada com a panqueca.
David pousou o prato e deu-lhe alguma água.
-É a melhor solução, ninguém ia falar mal de ti, se fosses casada comigo e sabes que eu quero que sejas minha mulher.
-Ainda ontem dei um grande passo, para mim – disse ela, pousando o copo – Para mim aceitar viver contigo, foi difícil por que sei que não aceitou só isso, aceitei também fazer uma família contigo, como aquela em que cresceste. Eu quero isso para nós, mas não quero casar.
-Só quero que todos saibam que te amo e que o teu coração me pertence – disse ele, bejando o seu pescoço – Se me continuares a negar vou ter de te marcar como minha.
-David, estou a falar a sério. Eu aceito uma vida feliz, cheia de casas brancas e filhos contigo, mas não me quero casar. O casamento estragas as relação, faz com que te tranforme para agradar o outro.
-E o que é isso diferente de uma relação?
-Porque no casamento estás preso a uma pessoas, acaba sempre por chegar ao ponto de só estares com ela por obrigação. E eu nunca poderia fazer aos meus futuros filhos, o que os meus pais me fizeram, não os posso fazer passar por um divórcio, que é o resultado de todos os casamentos que conheco.
-Desculpa, não te queria deixar zangada.
-Não estou zangada, so quero que percebas que não quero casar, com ninguém e que isso não ter nada a ver contigo ou com a quantidade do meu amor por ti – disse ela, beijando-o.
-Não te queria deixar triste.
-Não estou – disse ela, olhando para os seus olhos – Mas eu sei de uma maneira que me podes deixar ultra feliz.
-És uma sedutora nata, sabias?
David beijou Rafaela e aproximou-se dele, pôs a suas pernas a volta da sua cintura e beijou-lhe o pescoço, nesse mesmo momento, o telefone de David tocou.
-Deixa tocar! – disse ele, desapertando-lhe os botão da camisola que ela tinha vestido – Tenho melhor coisas para fazer.
David deitou um pouco de mel nos seus seios e lambeu-os lentamente, Rafaela suspirou a cada lambidela, David deixou cair sem querer um pouco de mel nos seus musculos e rafaela passou o seu dedo pelos seus músculos, o seu toque fê-lo enlouquecer, em seguida, ela lambeu o dedo, o que o deixou ainda mais louco. David voltou a beijar os seus deliciosos lábios, cheios de mel e o telefone voltou a tocar, mas David não atendeu, mas devia ter atendido, porque nesse mesmo momento, enquando ele beijava o amor da sua vida seminua em cima da bancada da sua cozinha, a porta do seu elevador da sua casa abriu-se e de lá saiu o seu pior pesadelo.
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Ligações do passado
RomanceUm mês se tinha passado desde a grande discussão de Rafaela e David, ambos pareciam ter continuado com as suas vidas. Enterrada em trabalho, Rafaela decide ir numa viagem, com os seus amigos e os dois atraentes novos vizinhos da frente, mas um convi...