Capítulo 19 Um encontro romântico

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-Estás linda! – disse Daniel, quando a viu chegar ao cinema – Já comprei os nossos bilhetes.

-Obrigado – corou Rafaela – O que vamos ver?

-Um romance – respondeu ele – Achei que era mais a tua cara.

Duas horas depois, o filme já tinha acabado e por isso decidiram ir para casa.

-Queres entrar para beber alguma coisa? – perguntou Rafaela – Só devo ter café ou chá, mas assim conversavamos um bocado.

-Eu adoro chá – disse ele, sorrindo e beijando-a.

Rafaela preparou o chá e os dois sentaram-se no sofá a conversar.

-Gostaste do filme? – perguntou ele.

-Foi bonito – respondeu ela – Mas para futuras referências, eu sou mais uma pessoas de filmes de terror.

-Algo tão delicado como tu, custa-me a acreditar nisso. Os filmes de terror são para psicopatas e solitários.

-Acredita que tenho um bocado dos dois dentro de mim – disse ela, fazendo-o rir.

-Tu és incrível.

Depois da noite que tinha tido, Rafaela dicidiu que ia simplesmente ser feliz, por isso, começou a beijar Daniel e subiu para o seu colo, beijando-o de forma selvagem.

-Rafa – disse ele, entre os beijos, tentando respirar – Tem calma!

Mas Rafaela não o ouviu e por isso não o parou de beijar, desapertou o seu vestido, atirando-o para o chão e deixando a sua lingerie vermelha à mostra. Daniel olhou para ela, com os olhos completamente abertos e a boca também.

-Rafa, tu tens a certeza? – perguntou ele.

-O que achas? – perguntou ela – Acabei de te beijar e de me despir.

-Eu não posso fazer-te isto – disse ele por fim – Tu és demasiado inocente.

-O que?

-Eu quero muito estar contigo, mas não posso fazê-lo desta forma.

-Como assim?

-Eu acho que tu te vestiste assim só para me fazeres feliz, porque te sentes culpado pelo que o teu ex namorado maluco fez. Mas não tens de o fazer, eu sei que não és o tipo de rapariga que dorme com um homem no primeiro encontro, e sei que não és o tipo de rapariga, que veste uma lingerie só para agradar um homem. Não precisas de fazer isto!

-Eu só estou a fazer o que quero, acredita. Por fim!

-Eu não posso acreditar nisso. A Rafa que eu conheço é inocente e timida e não se veste como uma ...

-Safada? Meu deus, não tens olhos na cara?

-Eu sei que não és assim. Isto provavelmente são ideias que o teu malvado ex namorado te pôs na cabeça, não tens de ser assim, para seduzir um homem.

-Tu não sabes o que eu sou. Lamento, mas isto não está a funcionar, tu achas que eu sou inocente e que preciso de um príncipe encantado que me salve do pecado do prazer, mas eu não sou assim, sei bem cuidar de mim. Não preciso de um homem e muito menos de um que acha que sabe quem eu sou ou o que eu preciso ou não.

-Rafa, por favor tens de perceber que isto é ele a falar e não tu.

-Lamento, mas acho que temos de acabar, nem deviamos ter começado. Eu não preciso de um homem que pensa que sabe o que é melhor para mim, na verdade preciso de uma homem que me defenda e faça tudo para eu ser feliz.

Só havia um homem que a fazia sentir assim.

-Rafa, não faças isto – suplicou Daniel.

-Na verdade, tenho de ir a um sítio. Sabes onde é a porta, por isso adeus.

Rafaela amarrou no seu casaco comprido castanho e vestiu-o, saindo porta fora.

-Rafa, o que vais fazer? – disse ele, chocado pelo facto de ela ter acabado de sair somente vestindo uma lengerie e um casaco por cima.

Só havia um lugar onde ela desejava estar, com a única pessoa que a fazia sentir amavada e protegida. Só havia uma pessoa a quem ela pertencia, naquele momento Rafaela soube que não podia mais fugir ao seu destino, mesmo que não acredite nele.

Ligações do passadoOnde histórias criam vida. Descubra agora