Capítulo 23

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 Helena Maldonato

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 Helena Maldonato

O dia hoje passou tão lentamente e com um quê tão sombrio que  daria inveja em muitos filmes de terror por aí. Sinto-me presa dentro de um sonho ruim e nada que eu faça pôde me fazer acordar desse pesadelo no momento.

Freddy Krueger de "A hora do pesadelo"  parece fichinha se comparado ao monstro que assola os meus piores e mais sombrios pesadelos. 

Keiko Queiroz, Keiko Queiroz...

Esse nome paira em minha mente como uma fantasma arrastando suas correntes. Isso me dá calafrios e desperta memorias que quero loucamente esquecer. Mas sei que nada nesse mundo pode apagar o brilho sombrio daqueles olhos escuros, olhos tão negros e densos que parecem refletir a escuridão de sua alma, tão negra quanto.

O que ele quer comigo após tanto tempo?  Por que ele tinha que voltar a me assombrar logo agora? Quais são seus planos? E o que ele espera obter de mim?

Pensar nas possíveis respostas para essas perguntas me deixa mais assustada do que já estou.

— Amor! Helena!?

A voz de Scott me resgata dessa escuridão que tomou os meus sentidos, levanto a cabeça e então me dou conta que a aula já acabou, e que a sala está quase vazia. 

— Já podemos ir amor? 

— Claro que sim Scott - dou um breve sorriso e me levanto juntando minhas coisas.

Scott me espera com um ar pensativo, posso ver a preocupação estampada em seus olhos. Encolho-me internamente por estar o preocupando assim, mas ainda não posso exteriorizar meus medos, isso os tornaria mais reais do que já são. 

Resolvo ignorar meus pensamentos e medos por um momento, olho em volta e percebo que agora a sala está totalmente vazia.

Aproximo-me e abraço meu noivo, que me olha carinhosamente. Enlaço meus braços em seu pescoço e ele me segura pela cintura,  atento a cada movimento meu. Dou-lhe um selinho e logo depois início um beijo lento e apaixonado, e isso vem como uma lufada de ar fresco para ele, pois sinto seu corpo relaxar conta o meu, como se aquele beijo fosse nosso bote salva-vidas em meio a esse mar de angústias. 

Beijá-lo é, no momento, a melhor forma de fugir da realidade, uma realidade que me assombra profundamente.

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