Capítulo 23 - Ficção Científica Nunca Fora Tão Real

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Na vida, não há nada a temer, apenas a ser compreendido.

-Marie Curie

-Marie Curie

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Victor

Salgado. Era a única sensação que preenchia a minha boca naquele instante. Não que eu estivesse reclamando, ver Miguel ofegante com as bochechas vermelhas definitivamente era algo de se admirar. Se bem que tudo isso era muito novo para mim, me fazendo questionar sobre minha sexualidade. O calor do momento, o sentimento confuso que crescia no meu peito e aquele cheiro de canela me deixava completamente perdido. Como Max e Miguel detêm tanta influência sobre mim? Antes eu gostava de garotas, agora eu estou de joelhos chupando meu amigo de infância.

Me levanto calmamente sem tirar os olhos de Miguel, seu suor já tinha molhado cada fio de seu cabelo, deixando-o irreverentemente belo. Como aquele desgraçado conseguiu que eu fizesse todas as suas vontades? Nem eu ao menos sei o por que faço isso. Eu apenas o faço. Me apoio sobre ele novamente, sentindo sua respiração entrecortada sobre meu peito.

Coloco meu polegar em sua mandíbula deixando que nossos olhos se encontrassem, eu faria tudo por esse arrogante. Nossa, como eu queria que Max estivesse aqui. Imediatamente continuo o beijo que havíamos começado. Isso não era o suficiente, eu precisava de mais, precisava dos dois ao meu lado. Sinto sua saliva na minha boca e quando estávamos começando a nos envolver cada vez mais no beijo, o som de correntes batendo sobre pedras desvia completamente nossa atenção.

Miguel rapidamente se guarda, virando seu rosto para observar o que estava acontecendo pelas pequenas frestas na parede. O sol já havia abaixado um pouco, deixando aquele clima perfeito que existia um pouco antes do pôr do sol, e sobre ele as meninas saiam pela grama conversando alegremente. Bom, pelo menos duas delas. Aline se manteve a alguns passos de Isabella e Bianca, ela colocou o cadeado no bolso de seu enorme casaco verde, e olhando novamente para nós. Só que dessa vez, ela apenas acenou a cabeça em direção a entrada. O que ela queria dizer com isso?

Miguel olha atentamente para as garotas se afastarem andando pela grama verde. Assim que as risadas não passavam de um ruído distante, ele de repente saiu de nosso esconderijo desajeitadamente caminhando depressa para as escadarias. O que exatamente ele estava pensando em fazer? Sigo-o e velozmente apanho seu antebraço antes que ele faça uma besteira:

— Você está louco Miguel? E se for alguma armadilha? — Seus olhos deslizam confusos e irritados sobre o meu rosto e desfazendo da minha mão ele rapidamente responde de modo frio:

— Você sabe que essa é a única alternativa. Quer mesmo continuar sendo uma marionete no jogo delas? Mesmo se for uma armadilha eu tenho que arriscar — Miguel tinha um ponto, mas alguma coisa me dizia que entrar de supetão no subsolo não era uma boa ideia. Eu vou insistir mais uma vez:

Garotos Infames - CONCLUÍDOOnde histórias criam vida. Descubra agora