Capítulo 53 - Destruindo Barreiras

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A amizade é um amor que nunca morre

- Mario Quintana

- Mario Quintana

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Victor

Meus braços ardiam duramente, para um poder como força eu me sentia fraco frequentemente, como não percebi aquela explosão indo na direção de Max? Como eu não cuidei desse garoto? Por que eu não estava com ele quando ele precisava de mim? Não consigo deixar de reparar em sua cicatriz sobre a pele bronzeada, ela mal havia se curado e ele já tinha que encarar um tanque gigante e um exército de vilões. Como eu poderia protegê-lo agora?

Puxo Max para mais próximo do meu corpo, consigo sentir seu cabelo roçando na minha pele, o calor de sua pele e os músculos sobre a roupa vermelha demais. Eu sempre o vi como um amigo, um irmão. Porém, parando para analisar nossa história sempre nós fomos os mais unidos, sempre superamos as coisas que aconteciam em nossa vida juntos. Eu, Miguel e Max. Em nenhum momento sequer eu me imaginei sem estar ao lado desse rato de academia. Mas quando exatamente eu me apaixonei por ele? Talvez tenha sido há muito tempo. Não entendo como pude ser tão estúpido.

A alguns metros de onde estávamos a fumaça se confundia com o mutirão de alunos geneticamente modificados colidindo com pessoas de roupas estranhas e completamente sem sentido. Eu não poderia deixar que Helena, Diego e os outros enfrentassem tudo aquilo sozinhos, eu precisava fazer alguma coisa, porém, também não poderia deixar Max desmaiado no meio de uma guerra. Rapidamente vejo um carro capotado no meio fio, não era o melhor esconderijo que poderia encontrar, mas era o único, Max tinha que sair vivo dessa.

Desvio da calçada me escondendo atrás daquela lataria que talvez algum dia tenha sido um Palio antigo. Parece que ficamos tempo demais escondidos da realidade. A cidade está completamente destruída, e ainda por cima muita gente iria morrer nesse momento. Querendo ou não chegava a ser assustador encarar meus antigos colegas de classe lutando contra pessoas sem escrúpulos. Minha respiração está entrecortada e meu corpo está aos poucos cedendo ao cansaço, não que eu tenha feito alguma coisa, mas toda essa confusão está me deixando confuso. Me sento ao lado de Max deixando-o deitado sobre o meio-fio, minha cabeça está girando e eu nem sei o que fazer. Eu tenho que ajudar meus amigos que nem eram tão amigos assim, e acima de tudo eu tinha que defender Max e Miguel. O que eu deveria fazer agora?

Meus pensamentos estão completamente distantes até que eu sinto uma palma quente sobre minha coxa e rapidamente olho para o lado encarando olhos muito vermelhos, o cabelo tinha quase a cor de seus olhos. Max mantém um forte vinco formado pelo semblante de preocupação enquanto a fumaça rodeava cada centímetro de onde estávamos, o barulho estridente, o choque dos corpos, os tiros, eu esqueci tudo por um momento. Eu não sei o porquê fiz isso, mas eu não poderia deixar isso passar. Me aproximo de Max em um abraço bruto e sem jeito, eu preciso mostrar que eu também estou aqui para ele, mesmo com tudo isso acontecendo, ele se afasta delicadamente, questionando:

Garotos Infames - CONCLUÍDOOnde histórias criam vida. Descubra agora