Capítulo 50 - A Primeira Batalha

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A suprema arte da guerra é derrotar o inimigo sem lutar

- Sun Tzu

- Sun Tzu

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Victor

Passamos o resto do dia em um clima intransigente e deplorável, ao menos as aulas foram canceladas pela diretora Amélia e Thiago nos pediu que ficássemos no quarto descansando. Estou frustrado depois de tentar reproduzir pela nona fez o desenho da máquina de Antônio, por mais que eu tente, parece sempre que algo está fora do lugar, ainda falta uma peça, mas qual? Meu peso fez com que a caixa de papelão que está sendo usada como cadeira reserva se afundasse duramente. São quase 22:00 e eu nem ao menos consigo me sentir sonolento. Meu estômago remexe apenas de pensar em encarar minha mãe. Eu ainda a amo e não quero fazer absolutamente nada contra ela. Mas, eu sabia muito bem que ela mataria os meninos na primeira oportunidade que lhe fosse dada.

Apoio o rosto em minhas mãos na esperança que tivesse uma resposta. Qualquer porcaria de resposta está valendo. Por que eu não sou esperto como Miguel? Ou popular como Max, aquele desgraçado conhece todo mundo. Sim, eu estou me sentindo sozinho, e com medo. Faltavam menos de 12 horas para o ataque e isso parecia apenas a ponta do iceberg. Estou me sentindo completamente irritado e eu não faço ideia de como resolver isso.

De repente sinto alguém tocar em meu ombro lentamente, me virei encarando olhos muito vermelhos, Max. Ele sorri para mim olhando também uma quantidade surreal de papel que arranquei dos cadernos de Miguel para tentar descobrir qualquer coisa sobre a arma. O loirinho ia me matar depois. Max pega meu rosto fazendo com que eu o encarece diretamente e fala:

— Ainda não sei o que está passando por essa cabeça dura, mas vai dar tudo certo. Ágatha vai voltar ao normal, nós iremos vencer aquele velho e de quebra podemos voltar para socar a cara do professor de química — Esse babaca sabia muito bem como me animar. Eu o puxo pela cintura permitindo que eu apoiasse minha cabeça sobre ele, abraçando-o com todas minhas forças. Aquele cheiro de suor misturado com sabonete era realmente muito bom, me deixa calmo. Max afaga meus cabelos com tranquilidade, e não acho que ele está apenas me confortando naquele momento, eu sabia que ele não está bem, e sabia também que ele não abriria a boca para falar sobre isso. Miguel era o tipo de cara que se afundava em sua própria dor sozinho. Já Max disfarçava com sarcasmo. Isso não me permitia saber o que o garoto estava sentindo. Ele se afasta um pouco segurando meu rosto com as duas mãos, enquanto fala:

— Vem, amanhã será um longo dia

...

Eu nunca tinha ficado tão triste ao ver a luz do sol passar pela janela. O dia está quente, com muito sol e tem tempo abafado e úmido, o verão finalmente está dando as caras. Sinto meus ossos doerem pela tensão iminente. Hoje era o maldito dia. Temos que nos preparar. Hoje cada um de nós dormimos separadamente, era até mesmo estranho, já que depois que Thiago apareceu sempre dormíamos na mesma cama, exatamente como quando éramos crianças. Tento ignorar esse pensamento pegando dois travesseiros e arremessando-os diretamente sobre Miguel e Max. Miguel se levanta imediatamente e Max ainda parece uma pedra adormecida. No mesmo segundo o loirinho me repreendeu:

Garotos Infames - CONCLUÍDOOnde histórias criam vida. Descubra agora