Capítulo 47 - O Poder da Vida e da Morte

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Os covardes morrem várias vezes antes da sua morte, mas o homem corajoso experimenta a morte apenas uma vez.

- Willian Shakespeare.

- Willian Shakespeare

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Miguel

Eu sinceramente acho que aquela garota nunca perdeu uma única batalha em vida. Seus olhos fitavam Max completamente atordoados, enquanto seu punho era preso pelo braço cristalino do garoto. Imediatamente toda a neblina se dissipou, deixando claro apenas o tempo deploravelmente sufocante e aquela grama bruta que irradiava tristeza. Percebo que Bianca ainda está vacilante, talvez não esperasse de forma alguma que perdesse dessa maneira, não com a possibilidade real de vencer.

Nesse momento apenas sentia alívio por Max estar bem e vivo, já que a qualquer momento o Bianca poderia destruí-lo sem a menor piedade. Mas sinceramente, não acho que deveria me preocupar com esse garoto.

Não agora.

Olho para o lado encarando um sorriso cínico e cruel com mechas loiras acompanhando olhos azuis mais frios que eu já vi na vida. Parecia que eu estava olhando para um animal que persegue sua presa. Essa garota me deixava com frio na espinha, não conseguia ver absolutamente nada de bom nela, apenas talvez uma raiva reprimida. Se bem que eu não tenho a ver com isso, certo?

Eu não poderia me dar o luxo de falhar agora eu tinha que vencer eu preciso provar para mim mesmo que eu sou digno dessa luta. Que mesmo com o DNA modificado, seja lá o que isso signifique, dentro de mim há bondade, mínima eu sei, mas há, e eu não fazia ideia o quão longe esse sentimento poderia me levar. Porém, eu tenho certeza de uma coisa, ainda quero ser digno de amor e de cuidado. E nada me afastaria desses objetivos não depois de perceber que eu tinha o amor dos garotos. No final das contas, esse foi o único amor que eu recebi em vida. Encaro Isabella com firmeza, e após um suspiro leviano, questiono:

— Você vai ficar parada aí ou vai me encarar? — Eu sei muito bem que ela é mais forte. Mas eu não poderia fraquejar agora, nem que seja por um blefe mal feito. Seus lábios se moveram abrindo um sorriso cruel e quase que demoníaco, enquanto sua voz sai de forma estridente:

— Você nem ao menos vai sobreviver loirinho. Talvez eu deva fazer o mesmo que fiz com seu namoradinho. Sim, Max, foi um bom brinquedo — Ela lambe seu lábio superior, após sibilar essas palavras. Sinto meus músculos contraírem ao ouvi-la, o que ela havia feito com Max? Seja lá o que for, eu não a deixaria impune, ele agora está comigo. E ninguém mais poderia brincar com a mente divertida do garoto, nem agora, nem nunca.

O calor e a umidade ao meu redor incomodavam profundamente, deixando minha pele grudenta e suada dentro daquele moletom insuportavelmente quente. Não perco muito tempo para tirá-lo e jogá-lo em algum lugar pelo gramado. Sinto aquele vento deprimente bater sobre entre os pelos do meu braço, no mesmo instante olho para cima, para o céu nublado e pesado, como eu odiava tempos assim. Me fazia lembrar de todas as merdas que sofri nas mãos de um bando de idiotas.

Garotos Infames - CONCLUÍDOOnde histórias criam vida. Descubra agora