Capítulo 13 - Mudando Posições

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É meio difícil perguntar a um cara morto o que ele fez de errado.

- James Dashner

- James Dashner

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Max

Minha cabeça latejava como nunca antes, odiava a sensação de ardência detestável que teimava em permanecer em minha testa. Tento me levantar apertando os olhos enquanto a dor inundava todo meu corpo. Eu definitivamente não ficava na academia o tempo todo para qualquer dorzinha me parar, mas essa estava me matando. Sinto minha cabeça girar, no tempo que braços finos me empurram. Miguel.

Junto minhas forças e olho para trás, apoiando meus braços sobre o lençol vermelho claro. Pelo visto estava na minha cama. Faz sentido, Miguel jamais deixaria que eu sujasse a cama dele com sangue. Ao levantar o rosto encaro olhos azuis preocupados. Apenas me lembro de ter visto aquele idiota beijando Miguel e depois o som de uma explosão, foi naquele instante que apaguei:

— Miguel, o que diabos aconteceu? — Questiono vendo-o resfolegar com os ombros caídos. Ele estava sem camisa e apenas com sua velha e boa calça de lona preta. Vê-lo assim me fazia esquecer momentaneamente a dor.

Vamos colocar ênfase no momentaneamente.

Imediatamente coloco a mão sobre minha testa que latejava terrivelmente, certo, eu detestava sentir qualquer tipo de dor. Logo percebi ataduras que envolviam toda minha cabeça. Miguel segura meus ombros falando cuidadosamente:

— Uma pedra bateu na sua cabeça por causa da explosão, Victor foi para a diretoria por destruir a cara do Matheus. Tentei fazer um curativo, mas sinceramente, ainda acho melhor você ir para a enfermaria. Ainda não acredito que deixei isso acontecer — Sentia certo receio em seus gestos. Não era difícil se dar conta que Miguel estava se sentindo mal pela explosão e pelo pedaço de carne arrancado da minha cabeça. E vamos ser sinceros, ele dificilmente se sentia culpado por algo:

— Miguel não foi sua culpa a explosão... Bom na verdade foi, mas você entendeu o que eu quis dizer — Ele encara com as sobrancelhas juntas, ele estava tentando descobrir se deveria ou não acreditar no que estou dizendo, odiava quando Miguel desconfiava do que eu estava falando.

Vou tentar a tática que vem dado certo por anos com esse idiota. Vamos mudar de assunto. Me espreguiço relutantemente digo:

— E então vai me contar quem é aquele cara de cabelo azul? Ele me era familiar. — No mesmo segundo Miguel desvia o olhar mordendo seu lábio inferior nervosamente, tenho a leve sensação que fiz besteira, mas logo ouço Miguel suspirar, respondendo a minha pergunta:

— O nome dele é Matheus, temos aula de história juntos há uns 4 anos, você não se lembra dele? — Olho para cima me esforçando ao máximo para me lembrar quem era o Matheus...

É, nada me vem à mente. Não me lembro dele. No mesmo segundo me recordo que a aula de história era o momento perfeito para tirar um cochilinho da manhã. Definitivamente garotos de cabelos azuis não estava no meu foco de atenção. Porém, estava no de Miguel. A quanto tempo esses dois têm algum envolvimento? Antes mesmo que eu pudesse perguntar isso ao garoto, ele toca na minha atadura cuidadosamente, questionando rispidamente:

Garotos Infames - CONCLUÍDOOnde histórias criam vida. Descubra agora