Capítulo 12

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A pensão estava movimentada; os "moradores" estavam reunidos na cozinha jogando conversa fora... E Jisung? Jisung ainda não havia chegado do trabalho, eram exatas 17hrs e eles estavam todos sentados em volta da mesa redonda.

- Como está o senhor Park? - a senhora Kim perguntou.

- O Chanyeol está "brincando" com ele agora. - disse Baekhyun dando um sorriso ladino.

- Tomem cuidado. O senhor Park é um cara esperto. - Minho diz com a expressão sombria de sempre.

- Não precisa se preocupar, senhor, a gente dá conta. - diz Seungmin rindo, como sempre.

- Será mesmo? - Minho diz sarcástico.

- Minho, Minho, Minho... não seja assim. - a senhora Kim fala.

- Se me derem licença, eu preciso dar uma passada no meu consultório. - diz Minho, dando leves gargalhadas e logo se levantando e saindo.

- Esse filha da puta acha que é quem? - Baekhyun diz com ódio na voz, assim que percebeu que Minho já estava longe.

- Na frente dele você não fala, né? - Chanyeol riu.

- Tenha paciência com ele, Baekie. - disse Changbin passando o braço pelo ombro de Baekhyun.

Baekhyun revirou os olhos.

- Eu odeio esse cara! - exasperou desfazendo-se do abraço.

[...]

Enquanto isso, no andar de cima, Chanyeol brincava com a pessoa amarrada na cadeira. Os pés, mãos e boca deste estavam atadas, ele se debatia, tentava gritar, mas nada adiantava. Chanyeol o olhava com um sorriso tão tosco que fazia o homem a sua frente se desesperar mais ainda. Parecia que o garoto se divertia com o sofrimento alheio. No olhar do moreno havia ódio, loucura e escuridão. A pena era inexistente.

Chanyeol era um cara muito peculiar; ele não era muito de falar, muito menos agir. Ele ficava na dele. O grande problema era gostar de encarar as pessoas, obviamente, tentando intimida-lás, mas ele não faria nada além de deixar alguém com medo de si ou apenas achando que o mesmo era louco. Mas bastava colocar ele com alguém em qualquer lugar, sozinhos, que ele saia de si. Ele gostava de ouvir as pessoas implorando por misericórdia, chorando, com a expectativa de que alguém viesse ajudá-las. Ele adorava a sensação.

- Vai... grite o quanto quiser. Ninguém te ouve aqui. Grita, seu filho da mãe! - Chanyeol dava socos pesados no rosto do sr. Park.

A respiração pesada do sr. Park indicava sinais de fadiga.

- Grita, seu velho idiota! - Chanyeol fala gritando e puxando a fita que estava na boca do homem à sua frente.

- V-Vocês são malucos. Doentes... Todos vocês vão pagar pelo que estão fazendo. - o senhor Park dizia com certa dificuldade.

- Agora você vai ter o que merece, seu velho... - Chanyeol diz pegando uma motosserra que estava sobre uma mesa velha.

- SOCORRO! SOCORRO! TEM ALGUÉM AÍ? POR FAVOR, ALGUÉM. - o senhor Park gritava desesperadamente esperando que ao menos alguém o ouvisse.

- Eu já te disse... ninguém vai te ouvir. - Chanyeol diz ligando a serra e se aproximando do homem com um sorriso medonho.

- CHANY? O que você tá' fazendo? Já terminou aí? Cadê você? - Baekhyun dá um grito em direção à sala, na esperança de que Chanyeol ouça sua chegada em meio a tanto barulho.

- Ah, não, Baekhyun! - exclamou com raiva na voz.

- Tem alguém aí? SOCORRO, ALGUÉM ME AJUDA! - o senhor Park gritava esperançoso.

The Hell Is A Person Onde histórias criam vida. Descubra agora