- Chanyeol? - chamou Changbin.
- Sim? - sem muito ânimo, respondeu.
- Eu soube o que aconteceu com o Baekhyun. Peço desculpas pelo Minho. Ele não vale o chão que pisa. - contou Changbin cabisbaixo. - Dava pra ver o quanto ele era importante pra você...
- Obrigado, Changbin, mas desculpas não irão trazer o Baekhyun de volta. - Chanyeol estava visivelmente abatido.
- Desculpe. Eu não deveria ter tocado no assunto. - Changbin conseguia ver a dor que o maior sentia, apenas olhando em seus olhos.
- Chanyeol? - chamou novamente.
- O que foi dessa vez, Changbin!? - já achando ser inconveniência, perguntou.
- Quem está no andar de cima? - confuso, retrucou.
- Um policial. - deu de ombros.
- Mas, não haviam "pessoas" lá? No plural? - Changbin estava confuso.
- Eu matei um dos policiais. - disse normalmente.
- Que policial você matou? - questionou-lhe já pensando em algo.
- Um tal de Bang Chan. - deu de ombros novamente.
- Aquele amigo do Minho? - franziu o cenho.
- Exato. - estalou a língua no céu da boca.
- E quem está vivo? - incoveniente, perguntou outra vez.
- Lee Felix. - Changbin sentiu seu corpo gelar.
- Felix!? Felix, o policial? - desacreditado, questionou. Ele não costumava ir ao andares superiores, gostava mais de ficar enfornado em seu quarto ou caminhando sozinho pelo centro de Seoul.
- Que saco, Changbin! Já disse que é! - irritado, exasperou.
- Babaca! - Changbin acertou um soco em cheio no rosto de Chanyeol.
- Mas que porra, Changbin! Qual é o seu problema? Desde quando você conhece esse policial? - Chanyeol estava indignado e surpreso, não esperava por aquilo.
- Desde quando eu o vi aqui na pensão e descobri que ele era amigo do Minho. - explicou.
- E o que eu tenho a ver com isso? - com a mão no rosto, se encostou na parede nada contente.
- Você encostou suas mãos podres nele? - Changbin estava claramente irritado.
- Qual é, Changbin? O que há entre vocês pra você me bater desse jeito? - perguntou ajeitando a postura curva.
- Entre nós não há nada! Mas aquele homem não merece passar por isso! Ele só estava fazendo o seu trabalho. - Changbin dera outro soco em Chanyeol e o mesmo ainda estava sem reação.
- Suma daqui! Agora! - ordenou.
- Changbin, o que houve com você? Eu nunca te vi nesse estado. - Chanyeol falava se retirando, incrédulo, ainda de frente para Changbin.
- Você não me conhece, Chanyeol... - ditou entre dentes. - Apenas suma daqui!
[...]
Felix chorava. Chorava horrores. Ele tinha visto um maluco qualquer matar o seu amigo bem na sua frente; ele estava um caos. Felix não conseguia entender o porquê. Ele não compreendia, pois apenas estava fazendo seu trabalho. Ele sabia que não estava em uma boa situação, então somente esperava a morte.
- Por quê? Por que isso está acontecendo comigo? Por quê? - Felix gritava e gritava muito alto. Ele olhava para o corpo do amigo estirado ao chão e não conseguia fazer outra coisa além de chorar. - Eu falhei com você, Chris. Me desculpa. Eu falhei... - Felix estava totalmente acabado; sua voz estava extremamente rouca por conta dos gritos e choros
- Quem está aí!? - Felix ouvia barulhos de pés se aproximando. Ele entrou em desespero, pois, sabia que seria o próximo a morrer. Ele estava tremendo - Você!? - Felix estava surpreso. Muito surpreso.
- Fique quieto. - disse Changbin, desamarrando as mãos e pés do policial.
- Por que está me ajudando? - Felix estava com medo.
- Eu já disse pra ficar quieto! Eu vou te levar para um lugar seguro antes que o Minho nos veja. - Changbin disse colocando Felix em suas costas. O maior estava muito machucado.
[...]
- Dahyun!? - assim que Jisung abriu os olhos, pôde ver sua namorada do outro lado de uma sala enorme. A garota estava desacordado e deitada numa cadeira odontológica. E olhando pra si mesmo, Jisung pôde ver que estava da mesma forma.
- Dahyun! - Jisung gritava esperando resposta, mas a garota continuava estática.
- Não se preocupe. Ela só está dormindo. - surgindo da escuridão do cômodo, Minho tentou o acalmar.
- Por que você sempre aparece do nada? Seu desgraçado! - Jisung havia se assustado com a aparição do maior.
- Olha o que fiz para você... - Minho se virava para pegar algo em cima de uma mesa velha. Logo, Jisung percebeu que estava preso à cadeira.
- O que é isso? - Minho se aproximava de Jisung, mas o menor não conseguia identificar o objeto na mão alheia.
- Um pulseira. Fiz especialmente para você, querido. - Minho disse se sentando em frente à Jisung. Quando Minho estendeu a mão para colocá-la no pulso de Jisung, ele não acreditou no que viu. Era uma pulseira de dentes humanos, e não eram sintéticos. - São os dentes da sua namorada. Gostou? - Jisung olhava para Minho totalmente estático. Ele não estava surpreso, porém, estava amedrontado. Jisung estava cansado, ele não aguentava mais aquilo tudo. Então, resolveu cooperar, afinal, era exatamente o que Minho havia dito uma vez: "Se você não entrar por bem, você entrará por mal." Não havia meio termo. Era sim ou sim, não existia saída a não ser a morte.
- Você vai me matar? - Jisung perguntou apático, assim que Minho colocou a pulseira em seu pulso.
- Eu vou deixar você viver, mas... mate todo mundo lá fora. - Minho olhava para Jisung com um sorriso enorme no rosto.
- Eu vou matar todos eles, eu matarei todo mundo! - Jisung dizia convicto. Ele não se importava com mais nada, apenas não queria morrer.
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The Hell Is A Person
FanfictionAo se mudar para Seoul em busca de uma vida melhor e sua não tão almejada independência, Han Jisung descobre da pior forma possível as consequências de sua passível ingenuidade. Ele sempre acreditou que o inferno fosse um lugar. No entanto, se hos...