Capítulo 36

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- Chanyeol? - chamou Changbin.

- Sim? - sem muito ânimo, respondeu.

- Eu soube o que aconteceu com o Baekhyun. Peço desculpas pelo Minho. Ele não vale o chão que pisa. - contou Changbin cabisbaixo. - Dava pra ver o quanto ele era importante pra você...

- Obrigado, Changbin, mas desculpas não irão trazer o Baekhyun de volta. - Chanyeol estava visivelmente abatido.

- Desculpe. Eu não deveria ter tocado no assunto. - Changbin conseguia ver a dor que o maior sentia, apenas olhando em seus olhos.

- Chanyeol? - chamou novamente.

- O que foi dessa vez, Changbin!? - já achando ser inconveniência, perguntou.

- Quem está no andar de cima? - confuso, retrucou.

- Um policial. - deu de ombros.

- Mas, não haviam "pessoas" lá? No plural? - Changbin estava confuso.

- Eu matei um dos policiais. - disse normalmente.

- Que policial você matou? - questionou-lhe já pensando em algo.

- Um tal de Bang Chan. - deu de ombros novamente.

- Aquele amigo do Minho? - franziu o cenho.

- Exato. - estalou a língua no céu da boca.

- E quem está vivo? - incoveniente, perguntou outra vez.

- Lee Felix. - Changbin sentiu seu corpo gelar.

- Felix!? Felix, o policial? - desacreditado, questionou. Ele não costumava ir ao andares superiores, gostava mais de ficar enfornado em seu quarto ou caminhando sozinho pelo centro de Seoul.

- Que saco, Changbin! Já disse que é! - irritado, exasperou.

- Babaca! - Changbin acertou um soco em cheio no rosto de Chanyeol.

- Mas que porra, Changbin! Qual é o seu problema? Desde quando você conhece esse policial? - Chanyeol estava indignado e surpreso, não esperava por aquilo.

- Desde quando eu o vi aqui na pensão e descobri que ele era amigo do Minho. - explicou.

- E o que eu tenho a ver com isso? - com a mão no rosto, se encostou na parede nada contente.

- Você encostou suas mãos podres nele? - Changbin estava claramente irritado.

- Qual é, Changbin? O que há entre vocês pra você me bater desse jeito? - perguntou ajeitando a postura curva.

- Entre nós não há nada! Mas aquele homem não merece passar por isso! Ele só estava fazendo o seu trabalho. - Changbin dera outro soco em Chanyeol e o mesmo ainda estava sem reação.

- Suma daqui! Agora! - ordenou.

- Changbin, o que houve com você? Eu nunca te vi nesse estado. - Chanyeol falava se retirando, incrédulo, ainda de frente para Changbin.

- Você não me conhece, Chanyeol... - ditou entre dentes. - Apenas suma daqui!

[...]

Felix chorava. Chorava horrores. Ele tinha visto um maluco qualquer matar o seu amigo bem na sua frente; ele estava um caos. Felix não conseguia entender o porquê. Ele não compreendia, pois apenas estava fazendo seu trabalho. Ele sabia que não estava em uma boa situação, então somente esperava a morte.

- Por quê? Por que isso está acontecendo comigo? Por quê? - Felix gritava e gritava muito alto. Ele olhava para o corpo do amigo estirado ao chão e não conseguia fazer outra coisa além de chorar. - Eu falhei com você, Chris. Me desculpa. Eu falhei... - Felix estava totalmente acabado; sua voz estava extremamente rouca por conta dos gritos e choros

- Quem está aí!? - Felix ouvia barulhos de pés se aproximando. Ele entrou em desespero, pois, sabia que seria o próximo a morrer. Ele estava tremendo - Você!? - Felix estava surpreso. Muito surpreso.

- Fique quieto. - disse Changbin, desamarrando as mãos e pés do policial.

- Por que está me ajudando? - Felix estava com medo.

- Eu já disse pra ficar quieto! Eu vou te levar para um lugar seguro antes que o Minho nos veja. - Changbin disse colocando Felix em suas costas. O maior estava muito machucado.

[...]

- Dahyun!? - assim que Jisung abriu os olhos, pôde ver sua namorada do outro lado de uma sala enorme. A garota estava desacordado e deitada numa cadeira odontológica. E olhando pra si mesmo, Jisung pôde ver que estava da mesma forma.

- Dahyun! - Jisung gritava esperando resposta, mas a garota continuava estática.

- Não se preocupe. Ela só está dormindo. - surgindo da escuridão do cômodo, Minho tentou o acalmar.

- Por que você sempre aparece do nada? Seu desgraçado! - Jisung havia se assustado com a aparição do maior.

- Olha o que fiz para você... - Minho se virava para pegar algo em cima de uma mesa velha. Logo, Jisung percebeu que estava preso à cadeira.

- O que é isso? - Minho se aproximava de Jisung, mas o menor não conseguia identificar o objeto na mão alheia.

- Um pulseira. Fiz especialmente para você, querido. - Minho disse se sentando em frente à Jisung. Quando Minho estendeu a mão para colocá-la no pulso de Jisung, ele não acreditou no que viu. Era uma pulseira de dentes humanos, e não eram sintéticos. - São os dentes da sua namorada. Gostou? - Jisung olhava para Minho totalmente estático. Ele não estava surpreso, porém, estava amedrontado. Jisung estava cansado, ele não aguentava mais aquilo tudo. Então, resolveu cooperar, afinal, era exatamente o que Minho havia dito uma vez: "Se você não entrar por bem, você entrará por mal." Não havia meio termo. Era sim ou sim, não existia saída a não ser a morte.

- Você vai me matar? - Jisung perguntou apático, assim que Minho colocou a pulseira em seu pulso.

- Eu vou deixar você viver, mas... mate todo mundo lá fora. - Minho olhava para Jisung com um sorriso enorme no rosto.

- Eu vou matar todos eles, eu matarei todo mundo! - Jisung dizia convicto. Ele não se importava com mais nada, apenas não queria morrer.

The Hell Is A Person Onde histórias criam vida. Descubra agora