Capítulo 22

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Hyunjin estava receoso. Ele não sabia se contava a Minho o que tinha descoberto sobre o sumiço de Changbin. Minho não reagiria nada bem a isso, ele ficaria extremamente furioso. Aquele velho tinha voltado para buscar Changbin; e Hyunjin sabia o quanto Minho odiava aquela pessoa. Não seria nada fácil, mas ele teria que contar de qualquer forma. Contudo, ele se prepararia para isso, óbvio; aliás, ninguém gostava de ter que lidar com Minho, ainda mais daquela forma.

[...]

Como qualquer outro dia da semana, Jisung estava em seu trabalho; e como sempre, estava entediado. Àquela altura, ele já tinha sido promovido a ficar no escritório, entretanto, ele preferiria ficar abaixo do sol quente, do que ter que aturar toda aquela gente; era uma tortura para si.

Já se passava das 17h e o "chefinho" (como Jisung costumava chamá-lo ironicamente) ainda não tinha aparecido para liberá-lo. Jisung estava impaciente, mas não porque queria ir logo para casa, e sim porque queria falar com o seu chefe.
Passado alguns longos minutos, o homem chegou e liberou todos os que estavam ali.

- Tchau, tchau, puxa saco do "chefinho". - Kyungsoo se despedia de Jisung com deboche.

- Espero que um carro te atropele hoje. - Jisung sussurrava para Kyungsoo com um sorriso forçada. E por incrível que parece, até medonho.

- Você é maluco! - Kyungsoo dizia nervoso já saindo do escritório.

- Espero que você morra. - Jisung sussurrou quase que silenciosamente, saindo do prédio.

- O que disse? - Jaebeom disse se aproximando de Jisung.

- Nada de importante, "chefinho". - falou Jisung com um sorriso.

- Vamos? - Jaebeom o olhava esperando que ele se movesse.

- Chefe?! Posso te pedir uma coisa? - Jisung perguntava já ficando envergonhado.

- Sim, claro.

- Será que... eu posso ficar no seu apartamento esta noite? - Jisung não sabia onde enfiar sua cara depois de ter perguntado isso.

- Assim? Do nada? Me desculpe desde já, Jisung, mas não vai rolar. - Jaebeom tentava explicar.

- Mas, por quê? - Jisung realmente contava com aquilo para não ter que voltar àquela pensão pelo menos aquela noite.

- Desculpe Jisung, mas não dá mesmo. - Jaebeom dizia alto, pois se afastava para entrar no táxi que havia chamado há pouco.

- Filho da mãe! Custava me ajudar? - Jisung gritava internamente quase dando um chilique vendo o táxi ficar cada vez mais longe de sua vista.

[...]

A delegacia estava um alvoroço. No entanto, Felix estava na sua mais plena paz do dia-a-dia; ele estava dando uma olhada em alguns casos que ficaram pendentes e vendo se poderia fazer algo sobre, mas logo parou tudo o que estava fazendo quando lembrou de algo.

- Bang Chan Hyung! - Felix chamou alto, assustado o maior que estava ao seu lado.

- Que merda, Felix! Fale mais baixo. - Chan advertiu se acalmando do susto repentino.

- Já que não estamos fazendo nada, que tal irmos fazer uma ronda? Que tal? - Felix sugeria olhando para o maior com um sorriso enorme no rosto.

- Pra quê? - Chan o olhava com uma cara de tédio.

- Pare de ser chato, Chan-ah. Vamos... por favor... - Felix implorava fazendo uma carinha triste e puxando o braço do maior ali.

- Tá bom, tá bom, vamos. - Chan se rendeu emburrado.

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