Capítulo 13

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Jisung estava estressado; como se não bastasse os babacas dos seus colegas de trabalho, ainda tinham aqueles malucos da pensão para o tirar do sério. Jisung já não aguentava mais; ele estava farto; não tinha um minuto de paz sequer, ele já pensava em juntar dinheiro para sair daquele lugar. Ele estava perdido.

Quando Jisung chegou em Seoul, pensou que estivesse tudo bem e que estivesse com sorte, e até que tudo estivesse dando certo para si; mas como sempre, ele estava totalmente enganado. E, realmente, "felicidade de pobre dura pouco".

Ele havia acabado de sair do trabalho, e estava a caminho de um restaurante de comida típica coreana, juntamente com os seus colegas de trabalho. Jisung odiava todos eles, mas não podia fazer nada, então ele apenas suportava a situação calado. Assim que chegaram foram procurar uma mesa vazia. Estava tudo correndo bem. Jisung, porém, só queria estar em qualquer outro lugar, menos ali; então se levantou e foi ao banheiro, pedindo licença aos que estavam à mesa.

Jisung pensava estar sozinho no banheiro, mas uma pessoa tinha o seguido. Era um dos seus colegas de trabalho; aquele que o acompanhava para onde quer que ia, seu supervisor. Jisung não suportava aquele homem, o odiava com todas as forças. Além de muito chato e tagarela, era mandão, sempre querendo colocar Jisung na linha. Dizia que Jisung não sabia fazer nada direito e que o mesmo precisava aprender a fazer as coisas do jeito certo. Ele também dizia que Jisung era privilegiado porque o mesmo era amigo do patrão e que o patrão o bajulava demais. Jisung não aguentava mais. Ele achava que vivia num inferno e que tudo era uma tremenda merda. Ele já não se importava com mais nada.

- O que você quer? Não estamos trabalhando. - Jisung pergunta olhando-o nos olhos, um pouco desgostoso.

- Você se acha a última bolachinha do pacote, não é, garoto? - retruca o homem.

- Do que você está falando, Kyungsoo? Qual é o seu problema?

- Você sabe muito bem do que estou falando, seu pirralho! Você está querendo roubar o meu lugar, está paparicando o chefe e tentando roubar a minha namorada! - diz Kyungsoo começando a alterar a voz.

- Você tá de brincadeira comigo, né? - ralhou, Jisung, nervoso.

- Você está tentando me destruir! - Kyungsoo praticamente gritou se aproximando rapidamente na tentativa de bater em Jisung.

- Você está ficando louco! - Jisung deu de ombros rindo, logo o empurrando e abrindo espaço para sair.

- Volta aqui, seu pirralho! Ainda não terminei com você! - reclamou Kyungsoo em alta voz, chamando o garoto que estava prestes a sair.

- Vai se tratar, cara. - negando com a cabeça, plenamente, irritado com aquele cara maluco, saiu do banheiro.

Jisung estava farto de tudo aquilo. Quando chegou à mesa, pediu licença e foi embora, sem revelar nada sobre o acontecido. Todos ficaram sem reação, mas voltaram a comer e conversar entre si, assim que Kyungsoo chegou a mesa dizendo que Jisung havia se sentido mal e resolveu ir.

[...]

Aquela sensação de estar sendo observado vinha à tona de novo. Jisung achava que estava ficando louco, mas ele tinha quase certeza de que alguém estava o seguindo e o observando na maior parte do tempo. Começou a ficar assustado, aliás, ele não tinha muito o que fazer. E tal coisa estava longe de ser algo normal.

Ele andava calmante pelas ruas de Seoul. Haviam muitas pessoas, pois não era muito tarde. Jisung não sabia quantas horas eram, mas parecia ser cerca de 21h ou algo parecido. Ele ainda tinha a sensação de ser observado, mesmo em meio a tantas pessoas. Ele tinha medo, porque a sensação que sentia era a mesma de quando estava dentro do quarto na pensão. Ele estava assustado, mas logo mandou os pensamentos para longe e continuou sua caminhada calma, apreciando a paisagem urbana que tanto lhe chamava atenção.

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