revenge • 28

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[vin•gan•ça

substantivo feminino
1.
ato lesivo, praticado em nome próprio ou alheio, por alguém que foi real ou presumidamente ofendido ou lesado, em represália contra aquele que é ou seria o causador desse dano; desforra, vindita.
2.
qualquer coisa que castiga; castigo, pena, punição.
"seria esta doença uma v. por suas crueldades"]

louis tomlinson point of view


domingo, 20 de setembro


Há uma palavra recorrente na minha mente nos últimos dias, vingança. De quantas pessoas eu ainda teria que me vingar para poder dormir em paz? Era uma lista grande. Mas eu tinha planos para diminuir essa lista.

Haviam diversos motivos para acabar com meus inimigos, eles tem me consumido diariamente. Todas as vezes que Harry me abraça e diz que me ama, eu me lembro do risco que ele corre apenas por estar comigo. Cada noite que passo com ele é um presente, fico me perguntando se essa será a última, até alguém querer me machucar, ferindo aqueles que eu amo. Eu jamais me perdoaria.

Harry me fez lembrar de todas as partes boas da vida que eu havia esquecido. Como é importante ser amado, ter a família por perto e realmente viver ao lado deles. Ele me deu tudo aquilo que eu procurava, mas não tinha tempo para encontrá-lo. Ele sabia tudo sobre mim, até mesmo as partes mais absurdas.

Não há nada que eu não faria por ele, sem mentiras, eu seguiria ele por onde ele fosse. Mas ele escolheu estar ao meu lado, ele acreditou em mim e me apoiou. Isso não tinha preço.

Eu tinha feito muitas coisas para chegar aqui, perdi muitas outras que eu jamais teria de volta. O amor era desconhecido, até aqui eu só havia provado da luxúria que o poder me proporcionou, o que neste momento não me valia de nada.

- Quando eles chegam? - Harry saiu do banheiro, nu, como sempre. Penteando o cabelo ainda molhado devido o banho que tinha tomado. Meu corpo relaxado na cama, um cigarro pela metade e pensamentos demais para serem coerentes. Demorei um pouco para entender do que ele estava falando, não fazia nem vinte minutos que ele estava gemendo de prazer e agora estava como uma criança ansiosa pelo natal, querendo saber quando seus presentes chegariam.

- Quarta-feira Harry, você já perguntou três vezes. - Era difícil não sorrir ao seu redor, não ser contagiado pela sua alegria e carisma, eu era outro ao seu lado.

Ele me olhou, rindo de si mesmo. Veio ao meu lado e apagou meu cigarro amassando ele todo, tirou a toalha que me cobria e a levou até o banheiro novamente. Nem me dei ao trabalho de acender outro cigarro, ele teria o mesmo destino que o anterior.

- Não está ansioso? - Ele disse enquanto se deitava ao meu lado, ajeitando as cobertas.

- Não tanto quanto você, pelo visto. - Ele fez uma careta, e como resposta eu sorri, sem ao menos perceber ele já tinha os lábios entre os meus. Um beijo calmo e tranquilo, Harry era sempre bom nisso. Enquanto os beijos que ele iniciava eram calmos e lentos, os meus eram descontrolados e apressados. Eu sempre acho que pode ser o último.

Ele termina o beijo com um abraço, me deixa beijar sua bochecha antes de levantar o braço e apagar a luz, deixando apenas o abajur do seu lado acesso. Me cobri com a mesma coberta que a dele, para que ele reclamasse mais tarde que eu sempre roubo sua coberta e o deixo com frio.

- Ainda não memorizei os nomes, como eu faço para diferenciar as gêmeas? - Era uma pergunta difícil, Harry tinha apenas uma irmã e ela era mais velha do que ele, ter crianças na casa era algo totalmente novo pra ele.

War Zone • Zayn MalikOnde histórias criam vida. Descubra agora