𝐍𝐢𝐧𝐞𝐭𝐞𝐞𝐧 - 𝐈𝐟 𝐲𝐨𝐮𝐫 𝐩𝐚𝐬𝐭 𝐜𝐚𝐥𝐥𝐬, 𝐢𝐠𝐧𝐨𝐫𝐞 𝐡𝐢𝐦.

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Hallstatt Hideway Hotel, Austria | 1:54 P

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Hallstatt Hideway Hotel, Austria | 1:54 P.M.

O último dia da viagem havia chego, e Trice estava levemente triste. Foi uma viagem muito bacana tanto pra ela como pro time, ela teve ótimas experiências além de poder ter matado um pouquinho da saudade de casa, mesmo que seja só pelo idioma.

Ela e Robbo tinham o último dia de folga, e apesar da maioria do elenco do time inglês estar passando na piscina, deixando apenas de incluir Trent e Anne, que estavam em algum outro lugar da cidade.

Robertson havia ido na lanchonete do hotel, o mesmo havia dito que ia pedir um lanche para os dois comerem no almoço. Trice decidiu ficar no quarto e esperar o escocês voltar, e enquanto o fazia, recebeu uma ligação de um número esquisito. Ela não tinha o contato salvo, logo, o mesmo estava sem foto.

A garota atendeu e assim que ouviu a voz de Dele Alli do outro lado da linha, sentiu seu coração palpitar mais forte.

— Trice? — o inglês pergunta, esperando uma resposta da garota.

— Oi, Alli. — a alemã respondeu.

Suas mãos tremiam levemente, e ela nem sequer sabia o porquê.

Trice definitivamente não estava preparada para aquilo.

— Está tudo bem? Eu sinto sua falta. — Dele pergunta, e a garota solta um suspiro pesado.

Trice não sabia que a voz do inglês ainda tinha todo esse efeito sob ela, e isso havia deixado a garota preocupada.

— Está... Está sim. — A alemã responde. — Estou na Áustria, viagem a trabalho.

— Que ótimo saber que você conseguiu um novo emprego, assim minha consciência fica limpa. — Alli tenta brincar, mas a garota não ri.

Ela estava em absoluto pânico. Dele Alli ainda afetava a garota até mais do que ela imaginava, parecia que ele não tinha saído do coração dela por completo. E isso era extremamente perigoso. 

Ela estava se enganando.

— Ah sim, ia sugerir um encontro..., Mas você não está por aqui. — o inglês faz uma pequena pausa. — Quando voltar me avise então, para nos encontrarmos.

Alli já havia notado o pânico da garota pela sua voz, mas não se atreveu a dizer nada. Parece que ela ainda sentia o que ele sentia. E era a maior esperança dele.

— Ok. Vou desligar. — a garota responde rapidamente, e finaliza a ligação.

A mesma passou as mãos levemente pelos cabelos castanhos claros desajeitados, com a aflição em sua face. E o pior de tudo isso era ter que contar tudo ao Robertson, quem nem sequer tinha algo haver com a história.

Ele estava dando tudo de si no relacionamento dos dois, e Trice tinha praticamente apunhalado o mesmo pelas costas.

Depois de pelo menos cinco minutos, Robertson entrou pela porta com dois embrulhos de isopor com dois lanches dentro. O mesmo cantarolava alguma música e Trice olhou para o mesmo com admiração rapidamente.

Era interessante como ele levava a vida de maneira leve. Beatrice sonhava em ser assim, pois ela quase morria de preocupação com qualquer coisa que acontecesse em sua vida.

— Pedi dois hambúrgueres para nós, com direito a tudo. — o escocês fez uma pequena pausa, tateando os bolsos da calça jeans que vestia. — Ah, droga. Esqueci a carteira e os refrigerantes lá embaixo. Te comprei um copão de Coca Cola pra você se acabar.

— Como você pode esquecer minha principal forma de lidar com os meus problemas? — Trice brinca, e os dois riem.

Ela sem tanta empolgação quanto ele.

— Eu vou lá buscar, já volto. — Pela primeira vez que o escocês tinha voltado ao cômodo, ele trocou olhares com Trice.

E imediatamente ele notou que havia algo de errado com ela.

— O que aconteceu, Trice? — Andrew parou por um momento, e se sentou ao lado da alemã na cama.

Beatrice sorriu apaticamente, admirando a preocupação de Robertson.

— Não aconteceu nada, Robbo. Por quê? — a garota pergunta, tentando disfarçar o desespero que seu coração estava.

— Seu nariz está vermelho. E ele só fica assim quando você chora. — o escocês segura a mão de Trice, que estava levemente gelada.

— Está tudo bem, Andy. — a garota reforça, sorrindo de lado. — É só saudade de casa. Estava conversando com minha mãe no telefone.

Ela não gostava de mentiras, mas não queria estragar o fim da viagem contando para Andy que seu ex-namorado tinha ligado e que ela achava que ainda sentia algo por ele. Não era um bom jeito de finalizar aqueles momentos fantásticos que tiveram.

— Tenho certeza que logo mais você vai matar essa saudade. — Robbo acaricia a bochecha da alemã carinhosamente. — Vou buscar os refrigerantes.

O escocês saiu do quarto e a alemã deitou na cama novamente, suspirando pesadamente. Ela não conseguia parar de pensar na ligação de Dele Alli, e isso a torturava imensamente, pensando em cada palavra que os dois haviam trocado há alguns minutos atrás.

A garota ficou tão distraída pensando sobre a ligação e sobre o que faria, que quando o escocês voltou, ela nem percebeu.

— Seu lanche, meu bem. — o escocês entregou o lanche para a garota, que sorriu minimamente.

— Obrigado, Andy.

Enquanto os dois comiam seus lanches, Robertson não conseguia sequer disfarçar a preocupação em relação a Trice. Tinha acontecido algo que mudou o humor dela quase instantaneamente, e ele não conseguia pensar em outra coisa.

Já havia perguntado se tinha algo acontecendo, e a garota disse que era saudade de casa, mas ele sabia que no fundo não era. Ele sabia que era algo muito mais intenso, porque havia abalado muito ela.

Depois de finalizarem o lanche em completo silêncio, eles foram para o elevador juntos para passar um tempo no saguão.

Quase como uma intuição, Andrew abraçou Trice com a intenção de confortá-la. Ele sabia que tinha algo acontecendo com ela e já que a mesma escolheu não contar pra ele agora, Robbo sentia que devia pelo menos lhe ceder o conforto.

O escocês queria que a garota soubesse que independente do que viesse, ele estaria do lado dela.

E aquele gesto era exatamente o que a garota precisava naquele momento, o abraço dele foi perfeito. Ela sentiu seus olhos ameaçarem a lacrimejar, e quanto mais ela pensava, mais se auto condenava.

Eu amo você, Trice. — Robbo solta, e a garota aperta o escocês um pouco mais dentro do seu abraço. Ele deixou um beijo carinhoso no topo da cabeça dela.

Tudo doía nela naquele momento. As palavras de Alli. As palavras dela. 

Mas principalmente, aquelas palavras de Robertson.


● Notas da Autora ●

Oie pessoal, tudo bem? Último dia de viagem, e um pouco de caos para aquilo que estava tranquilo... Bem, deixem seus xingamentos para Dele Alli nos comentários abaixo, não esqueçam de votar e comentar bastante ♥

Obrigado pelo apoio até aqui, não esqueçam de conhecer as minhas outras histórias e seguir o meu Instagram de autora! (@/autora.lare)

Beijos, até semana que vem!

Lari.

Photos • Andy RobertsonOnde histórias criam vida. Descubra agora