Quando acordei, vi Marcelo à minha frente. Eu estava deitada em meu quarto; ele estava sentado na poltrona ao lado da cama: me contemplava.
- Noeli já cuidou dos seus ferimentos – ele disse, interrompendo o silêncio. – Está perto de oito da manhã. Hora de tomar café. Vamos.
E se aproximou de mim. De repente, a lembrança das chibatadas e daquela espécie assustadora e ao mesmo tempo poderosa de prazer me invadiu.
- Não me toque! – gritei. – Eu nunca mais quero falar com você... Nunca! O que você fez...
- Eu não fiz nada, Amanda. Você pediu por isso. Não diga que eu não avisei. Mentir não é do seu feitio.
- Vai embora.
- Como preferir. – disse ele, saindo do quarto. – Ah, vamos ao shopping mais tarde.
- Eu não quero. Eu não vou.
- Eu não lembro de ter perguntado se você queria. Esteja pronta à meia noite.
O dia se passou sem que Marcelo voltasse ao apartamento para almoçar ou jantar. Não entendia o motivo de ir ao shopping. E ainda naquele horário... Noeli não me falou nada de mais durante todo o dia, apenas me perguntou o que eu queria comer e beber.
Ele chegou perto das onze e meia.
- Espero que tenha se divertido. Estávamos discutindo algumas estratégias para os novos investimentos internacionais e acabamos perdendo a hora. – ele olhou para mim, de regata e short jeans e perguntou. – Por que ainda não está pronta?
- Que história é essa de shopping à meia noite?
- Você vai ver. Agora vai se arrumar.
Escolhi um vestido preto vintage acinturado, com decote coração; pus meia-calça escura e jaqueta de couro. Tudo da Gucci.
Quando terminei de me maquiar e colocar os acessórios, Marcelo já estava pronto. Atrás dele, José nos esperava.
Descemos para a garagem e entramos no carro. A noite estava fresca. Quando entramos no carro, perguntei a Marcelo se podíamos abrir as janelas. Ele concordou.
- A noite está linda, não é mesmo?
Concordei com um gesto de cabeça.
- Adorei a cor do seu batom. – eu tinha escolhido um vermelho matte da Mary Kay.
- Para onde você está me levando? – perguntei sem rodeios.
- Espere... e verá.
- Tem alguma coisa haver com a marca que você tem no braço, não é?
Ele olhou de volta para mim de maneira séria.
- O que você sabe sobre isso?
- Nada...
- Muito bem... – ele sussurrou, voltando a sorrir. – Tudo no seu tempo, Amanda. Esse batom combinou com você.
Percebi, então, que nos aproximávamos do Salvador Shopping. O carro parou em frente a um segurança. O motorista apresentou-lhe um cartão e liberaram nossa entrada.
De repente, eu vi cercada dentro de uma garagem por vários outros carros, todos de luxo.
- Nossa... – disse, dando risada. – O que tá acontecendo?
- É hora dos VIPs fazerem compras – ele piscou um olho para mim. – A classe média faz suas compras no horário comercial, mas nós temos certos privilégios se soubermos com quem falar.
Saímos do carro. Ele pediu que o motorista nos acompanhasse.
- O que você quer?
- Como assim o que eu quero?
- Onde você quer ir?
- Não entendi, Marcelo...
Ele colocou a mão gentilmente no meu ombro e disse:
- O shopping é seu, Amanda. Compre o quanto quiser.
Eu fui na Victor Hugo, na Animale, na Monica Sanches... Nossa, como eu me diverti! O motorista carregava nossas compras, enquanto Marcelo examinava roupa por roupa, pedindo infinitas vezes que eu fosse ao provador. Ele sorria quando eu saía de lá, mesmo com as roupas mais ousadas...
Jantamos num restaurante francês. Pedimos vinho e uma carne muito saborosa. Depois voltamos para o carro. Tivemos de colocar parte das compras no banco do carro porque não coube tudo na mala.
Durante todo o tempo que passamos lá, ele foi agradável e simpático.
Quando retornamos, ele foi imediatamente para o banho. Disse que queria deitar logo porque iria acordar cedo.
Eu o segui, esperei algum tempo e depois entrei no banheiro também. Ele estava de frente para mim, nu, todos os músculos à mostra, seu sexo grande, mesmo calmo como estava, marcado pelo caminho das veias.
Quando me viu, ele se calou e espero o meu movimento. Então eu tirei a roupa e entrei no chuveiro com ele. Sem estar ereto, o sexo dele já era maior que meu punho.
- Se incomoda de passar sabão em mim? – eu perguntei.
Ele não disse nada. Apenas começou a passar o sabão em, primeiro delicadamente, depois com mais força.
Com o tempo, senti que o estava perturbando. Aquilo me excitou.
De repente, ele me jogou contra a parede. Seu pênis, agora ereto, era três vezes do tamanho de meu punho. Podia senti-lo, quente e enrijecido, contra minha virilha.
Marcelo começou a me beijar no pescoço. Eu estava tão excitada, mas...
- Maçãs. – eu falei, encarando-o. Sabia que aquela era a pior punição para um homem. – Agora, com licença.
Tentei me esquivar dos braços dele, mas ele não precisava de muita força para me ter presa como bem quisesse.
- Olha aqui, não me provoca! – ele me avisou.
- Ma-çãs – soletrei e ele me soltou.
Saí do banheiro assoviando uma melodia qualquer que me veio à cabeça, enquanto rebolava meu corpo de propósito.
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Meu Mestre Cheio de Segredos (CONCLUÍDO)
Romance{ +18} Amanda Ferreira vive entediada. Entre terminar a faculdade e trabalhar para o Dr. Macedo, ela conhece Marcelo Bluewater, um misterioso empresário. Juntos, eles começam a viver um romance intenso. Mas revelações sobre Marcelo fazem Amanda ques...