Capítulo 29

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Três meses se passaram. Não tive nenhuma notícia do Dr. Macedo. Eu e Marcelo, aos poucos, achamos um ritmo só nosso através dos dias. Ele me deu permissão para usar meu celular, meus pertences pessoais e, depois de algumas semanas, entendeu que eu gostaria de continuar trabalhando.

- Bem, você vai ter de estudar bastante para poder dar conta disso aqui. – ele me dissera naquele dia em que o sol aquecia meus olhos por trás da venda que ele havia me colocado.

Quando ele tirou minha venda, havia um grande galpão, vazio.

Eu não sei se entendi...

Tudo isso aqui é seu. Você me disse uma vez que queria trabalhar para devolver o sorriso de crianças carentes, não é? Bem, agora você vai poder atender algumas centenas delas aqui.

- Nossa, Marcelo, eu tô entendendo direito?

- O galpão já está em seu nome. Conheço bons arquitetos e engenheiros. Reforme-o como quiser. Minha empresa pagará por tudo.

- Obrigada! – gritei, pulando nele para abraça-lo.

Assim, eu passava minha manhã e as tardes trabalhando e à noite eu e Marcelo nos encontrávamos em casa ou no Sunset para beber alguma coisa e dançar. Quase sempre terminávamos a noite no quarto de brinquedos.

A violência aumentava a cada semana. Primeiro, eu permiti os tapas com a mão, depois os chicotes. E ele aumentava a força das chibatadas à medida que eu gritava. O prazer que eu comecei a sentir em nossos momentos juntos se tornou tão forte que meu corpo às vezes tremia só de olhar para ele dentro daquele quarto, sabendo o que viria em seguida...

Um dia, enquanto eu ainda estava de joelhos esperando ele entrar no quarto, Marcelo me olhou com uma expressão que dizia: "Hoje quero experimentar algo novo".

De uma das gavetas do quarto, ele retirou uma corrente com dois objetos como garras.

- Estes aqui são prendedores de mamilos – ele disse, me mostrando a corrente com garras. – Eu vou conectá-las a você e vou mexê-las quando for minha vontade fazer isso. Tudo bem?

- Tudo bem. – eu respondi, engolindo em seco.

Ele me levou para o "X", que – depois fiquei sabendo – se chamava Cruz de Santo André, e me prendeu com os pés e as mãos afastados.

Assim que ele colocou os prendedores em meus mamilos eu comecei a gritar.

Ele não fez nada. Apenas ficou olhando a minha dor como quem diz: "Você conhece a senha.". Mas eu não disse nenhuma palavra.

Foi o suficiente para Marcelo se aproximar, sorrindo. Ele me penetrou ali mesmo. Quanto mais fundo e mais forte me penetrava, mais fundo ele puxava a corrente.

Minhas pernas tremeram mais forte do que nunca quando eu gozei. Por um momento, todos os meus membros não se aguentaram e penderam para a frente. A cruz me sustentou. Marcelo viu meu rosto e sorriu. Estava satisfeito. Eu também.

Meu Mestre Cheio de Segredos (CONCLUÍDO)Onde histórias criam vida. Descubra agora