Capítulo 11

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Cochilei esperando a hora de sair para o trabalho no consultório do Dr. Macedo. Quando acordei, estava atrasada. Virei na cama e, ao abrir os olhos, dei um pulo da cama, assustada. Prendi o cabelo, coloquei uma blusa larga, uma calça jeans, calcei minhas sapatilhas e corri para o ponto de ônibus com a bolsa na mão. O dia estava nublado, mas fazia calor mesmo assim. Cheguei ao ponto de ônibus a tempo de vê-lo ir embora...

Olhei no aplicativo: teria de ficar mais de meia hora ali para pegar o próximo. Voltei para casa, tomei café e voltei ao ponto alguns minutos antes do ônibus chegar. Por sorte, um pouco depois de eu entrar em casa, Dr. Macedo me enviou uma mensagem avisando que ele se atrasaria. Agora eu só precisava avisar à primeira cliente do dia e rezar para que ela não desse um chilique. Por sorte, a Sra. Silveira foi um doce e disse que não teria problema em me esperar na porta do consultório.

O ônibus sacolejou por todo o caminhou até o consultório, mas o motorista era mais rápido que a maioria. Quando eu cheguei, a Sra. Silveira já me esperava, de pé, em frente à porta do consultório. Usava óculos escuros, uma jaqueta jeans, blusa em V branca e calça de moletom. Ela se acomodou em uma das cadeiras enquanto eu ligava o ar-condicionado e conferia a agenda. De repente, a aparente calma da Sra. Silveira deu lugar a uma grande tensão quando ela recebeu uma ligação.

Ela não falou nada durante todo o tempo em que esteve com o telefone no ouvido. Quando a ligação terminou, apenas se levantou, veio até o balcão e levantou a manga de seu braço esquerdo. Havia um símbolo semelhante ao triskellion grego, algo como um amuleto formado por três partes que se complementavam dentro de um círculo. Quando levantei os olhos de volta para ela, percebi que, apesar dos óculos escuros, seus olhos estavam abertos, em pânico, na minha direção.

E então ela me disse:

- Fuja!

Meu Mestre Cheio de Segredos (CONCLUÍDO)Onde histórias criam vida. Descubra agora