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Por volta de algumas horas mais tarde, a aeromoça nos interrompe com o cardápio, continua gentil e redirecionando apenas a mim, Kathe procura disfarçar o máximo o quanto sua presença a incomodava, porém sem sucesso.

— Deseja mais alguma coisa, senhor?

— Sim, champanhe. — digo sem encara-la. — se for possível uma manta também, por gentileza.

— A temperatura da aeronave não te agrada, senhor? Podemos deixar o ar-condicionado a seu agrado!

— Obrigado senhorita, já está bom.

— Tudo bem, com licença, já trago seu champanhe e a manta. — diz inclinando sua cabeça ainda com o sorriso aberto.

Kathe não entendia o propósito daquilo, mas parecia se contorcer por conta do seu ciúme. Apoio minhas mãos na sua coxa que não parava de balançar, apertando lentamente, ela me encara confusa com o toque repentino, dou um breve sorriso e digo:

Linda! — em silêncio, apenas para que leia os meus lábios e pisco um olho, tenta não retribuir meu sorriso virando seu rosto para janela.

— Aqui senhor, o champanhe e a manta, como me pediu! — se aproxima com os itens amistosamente, deixando a bebida logo a frente no suporte com gelo e duas taças ao lado. — já vai usá-la? — diz se referindo a manta cinza aveludada.

— Pode deixar aí em cima, vou usar em breve. — aponto para a pequena cabine acima das poltronas para guardar objetos e afins.

— Mais alguma coisa? — sua voz soava com algo a mais que preferia não saber, viro meu rosto para a minha namorada e a mesma segue séria, sem pique para nenhuma gracinha da minha parte no momento.

— Sim... — a encaro, segue atenta e ansiosa ao meu próximo pedido. — senhorita, avise aos outros tripulantes para não incomodarem a partir de agora, ok? Quero ficar a sós com a minha namorada.

A mesma fica com um sorriso frouxo e sem graça, se retirando em seguida. Ao encontrar o olhar de Kathe, a vejo perplexa.

— Harry, você não presta!

Segura sua cintura e puxo para o meu colo com as pernas em um lado do meu corpo, como se estivesse carregando um bebê, um lindo bebê ciumento.

— Realmente, se soubesse o que está em minha mente agora, diria que presto menos ainda! — digo malicioso.

— Você não está... Harry?!

— Sim, meu bem, estou pensando nisso sim!

Avanço com um beijo ansioso nos seus lábios, sem se importar com mais nada e literalmente, ficamos nas nuvens enquanto fazemos amor.

Ah Katherine, não imagina o quão incrível você é!

.

Fizemos nossa parada em Dubai após sete horas de vôo para abastecer a aeronave, não saímos da pequena pista de vôo, mas mesmo assim, Katherine estava afoita por estar pisando fora do que estava acostumada. Depois de menos de uma hora, embarcamos até Malé, capital das Maldivas, e seguimos de lancha para a ilha.

Os olhos de Kathe se mostravam encantados com a paisagem ao seu redor enquanto o vento movia com violência nossos cabelos e tecido do corpo por conta do movimento da lancha sob o mar. Ouvi um grito alegre saindo de sua garganta quando alguns golfinhos começaram a nadar ao nosso redor.

— Meu Deus! Olha pra isso, Harry! — sua animação era contagiante, seu sorriso era tão aberto, como se preenchesse todo o meu campo de visão, como se eu dependesse apenas do seu sorriso!

𝐷𝑟𝑒𝑎𝑚 𝑊𝑖𝑡ℎ 𝑀𝑒 | CONCLUÍDAOnde histórias criam vida. Descubra agora