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Harry

Entre shows, entrevistas e compromissos, meu pensamento estava em um só lugar. No consultório de Diana e contei sobre minha pequena trajetória com Katherine.

— Aí Diana, não sei o que pensar, mas, por algum motivo, tenho sentimento de proteção, desde a primeira vez que a vi, me prendi a ela, não sei, com sua presença eu não sou Harry Styles, e sim só Harry.  — digo sentado em sua poltrona com o tronco inclinado para frente, meus cotovelos apoiados nas pernas e um braço levantado para que encoste meu rosto na palma da mão, sigo encarando a parede.

— A vida é um quebra cabeça onde você tem que encontrar todas as peças, no máximo, ela te dá algumas peças espalhadas, mas quem se vira com o resto é você. — diz Diana.

— Não entendi. — realmente, ficava confuso com seus jogos de palavras, frases com sentidos escondidos nunca foi o meu forte.

— Harry, você se sente confortável com a Katherine e ela sente segurança, calma. Não que isso desencadeia que vocês dependam um do outro, não é isso, vocês dois são pessoas individuais e completas, mas algo que o outro tem, faz com que transborde o que tem dentro de você. A vida nos faz conhecer pessoas para isso, para ajudar e nos alto ajudar também, as vezes, vê o que ela está sentindo pode ser que além de ajuda-la, tenha também que curar algo em você.

— O incrível disso, é que eu acabei de conhece-la, temos dois meses e...

— E...? — Diana me motiva para que continue.

— Nos beijamos e quase transamos antes de vê-la tendo uma crise.

— Uau, e eu aqui tentando aconselhar algo que ajude esses dois "amigos". — brinca.

— Somos amigos. — digo sem graça, sentando corretamente na poltrona.

— Uhum.

— Ela acabou de terminar um relacionamento e pra piorar, acham que tivemos algo desde daquelas fotos, como se fosse uma traição. — explico.

— Mas vocês sabem que não foi isso, as coisas estão acontecendo naturalmente, dialoguem sobre seus sentimentos, sejam sinceros para não ter dores de cabeça. — Diana dá uma pequena pausa. — diante da minha profissão, não é algo que eu possa dizer, mas Katherine precisa se restabelecer, não precisa de um relacionamento conturbado, digo por saber de seus problemas. Tem que ser algo agradável para os dois.

— Quero exatamente isso, mas vê-la naquele estado... — digo pensativo, relembrando de Katherine em minha casa.

— Mesmo antes que soubesse, você se tornou uma ponte para ela, continue ajudando, no seu tempo, seu psicológico vai compreender e quem sabe, não funcione.

— Mas quem sou eu? Temos tão pouco tempo de amizade e o que faria pra mudar algo? Eu deveria conhecer mais ou sei lá. — digo confuso.

— Não quero que entenda que você é a cura dela Harry, ninguem é a cura de ninguém a não ser nós mesmo, mas como disse, você pode ser a fonte, não foram seus áudios que a fez dormir depois de muitas noites de insônia? E outra, alguém que conhecemos recentemente pode ter sua presença mais positivo e medicinal para nossa vida do que alguém que conhecemos a anos, por exemplo. Digo, passaram pessoas na vida de Katherine que trouxeram coisas tóxicas piorando seu quadro de ansiedade, seja a pessoa medicinal que ajudará olhar para si e não só para essa doença. Mas lembrando, isso depende dela. E digo mesmo para você, teve pessoas tóxicas como também chegaram pessoas medicinais. — finaliza sorrindo amigavelmente.

Era grato pela paciência que Diana tinha comigo.

O foco da consulta acabou que sendo apenas sobre Katherine, essa mulher estava mexendo muito comigo.

𝐷𝑟𝑒𝑎𝑚 𝑊𝑖𝑡ℎ 𝑀𝑒 | CONCLUÍDAOnde histórias criam vida. Descubra agora