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Estava tão aliviada pelas minhas férias do trabalho estarem próximas de chegar. Um ano tendo que ouvir tanta coisa e se sentir mal por isso.

E só de lembrar que nesse período teve acontecimentos em que nunca imaginei, conhecer o Harry foi o auge de tudo, principalmente por viver essa paixão tão intensa ao seu lado.

Fiz algumas compras com a Jaine para aproveitarmos e conversar um pouco, sempre inventamos desculpas para nos encontrar após o expediente apenas para contar as novidades ou desabafar. Contei a ela que no próximo semestre começo um novo curso no qual me identifiquei bem, porém, também disse o quão insegura estava de não me encaixar com nada.

"— Acho que a melhor coisa que podemos fazer por nós, é arriscar, arriscando pela nossa maturidade e sabedoria. E ninguem além de nós mesmo pode correr atrás disso. Você é capaz de tanta coisa e deveria sempre pensar dessa forma."

Lembro de suas palavras, minha pequena mesmo que por vezes com a língua solta por sempre está disposta em dizer o que pensa, consegue transformar seu diálogo em um abraço terno, uma faísca para minha confiança.  

Com os dias passando e Harry mesmo em meio aos seus compromissos, sempre dava seu jeito de ficar comigo. Dei a ele o livro que tinha comprado quando sai com Gemma, com tantos acontecimentos, acabei me esquecendo. Seu sorriso quando viu preencheu minha visão e começamos a conversar sobre o quanto meu docinho gosta de ler, sobre muitos gêneros inclusive.

Toda sexta-feira até domingo ao anoitecer, não nos desgrudava um do outro. A não ser que tenha algo agendado, mas caso contrário, passamos o dia lendo um para o outro, nos aventuramos na cozinha para preparar algo diferente, me levou a um museu próximo da sua casa com ajuda da sua equipe para ser um passeio tranquilo. E sempre que possível, me dava buquê de girassóis com rosas vermelhas.

E tambem, prometeu que assim que chegasse minhas férias, me levaria para algum lugar especial, com a intenção de ser algo romântico e sem preocupações a fora. Tivemos uma pequena discussão por conta disso, pelo fato de não ter dinheiro guardado e não queria usar os das minhas férias, já que teria que pensar no curso e não queria ser o tipo de pessoa mercenária, não estava com ele pelo o que poderia me oferecer. Mas Harry é teimoso e persuasivo, logo tinha me convencido da loucura, mesmo que ainda insegura, era tudo que precisava, viajar um pouco.

Mas antes disso, ele fará uma apresentação que estava tendo propaganda por todo lugar. Sites, comerciais, outdoors e afins, tinha o Harry estampado para uma apresentação em um teatro famoso na cidade em prol a uma organização beneficente.

Estava tão animado, Harry gosta de ser solidário com o próximo, um motivo a mais para ser tão apaixonada por ele.

O mesmo convidou para que eu fosse, não necessariamente com ele, mas seria legal para ver de perto como as coisas funcionam nesse ramo, já que percebeu o quão deslumbrada fiquei em saber quantas instituições ele ajuda financeiramente, mesmo que indiretamente e com o apoio de muitas pessoas.

Sempre admirei as instituições beneficentes de Londres, umas que tem mais alcance mundial, ajudando tantas pessoas que necessitam de forma grandiosa, mesmo que ainda existam tantas passando fome e não vivendo ao menos com o básico, isso já é algo significativo.

— Quando estiver pronta, pode entrar em contato com o Christian, uma conhecida irá te fazer companhia para que não chegue sozinha, ela estará com o ticket para sua entrada. — Harry se apronta para se retirar do meu apartamento após passarmos a noite juntos, ele iria se arrumar para a organização.

— Conhecida? — pergunto, desconfiada.

— Umas das minhas funcionárias, não gostou da ideia?

𝐷𝑟𝑒𝑎𝑚 𝑊𝑖𝑡ℎ 𝑀𝑒 | CONCLUÍDAOnde histórias criam vida. Descubra agora