𝐷𝑟𝑒𝑎𝑚 𝑊𝑖𝑡ℎ 𝑀𝑒 | CONCLUÍDA

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Harry

Pensativo sob a confortável cadeira próximo a piscina, apenas de bermuda, eu já havia decorado cada detalhe do dia em que vi Katherine. Talvez tenha feito de propósito em estacionar não muito distante do que sabia ser perto de onde trabalha.

Estava ainda mais linda!

Tudo em nossa volta parou a partir do momento que meu olhar encontrou o seu. Meu coração disparou de uma maneira tão desesperada que podia sentir ele me empurrando para mais perto dela.

Tinha algo de diferente, talvez o cabelo, a pele, algo no seu corpo, mas transparecia algo que não sabia explicar. De certa forma, parecia outra, porém, ao mesmo tempo continuava sendo a Kathe em que conheci.

A minha Katherine!

Era como se eu sangrasse por dentro, como se todo o meu ser implorasse pra tê-la de volta. Estava em uma abstinência horripilante. Meu corpo ficava com músculos tensos e doloridos só de lembrar dela, que era a cada segundo.

Me pergunto o que me deixaria mais louco; Kathe sendo minha ou longe de mim?

A segunda opção com certeza me deixaria louco de uma forma negativa.

Ouço alguns passos vindo da parte de dentro enquanto se aproxima de mim, não esforcei para tentar ver para quem que fosse.

— Senhor? — Christian chama a minha atenção.

— Sim? — digo imóvel, apenas balançando meu pé com os olhos fechados sob a cadeira

— Tem alguém que deseja falar com o senhor.

— Dispense, Christian. Quero ter um pouco de paz.

— É que... — finge uma tosse falsa para dizer mais alguma coisa. — É a senhorita Katherine!

E isso bastou para que pulasse da cadeira e passasse por ele o encarando de forma ansiosa e assustado.

Vou até a entrada da casa com o Christian fazendo outro caminho para nossa privacidade e a encontro. Fiquei sem fôlego quando a vi, nitidamente nervosa e com uma blusa bem maior do que ela.

Ficamos nos encarando em total silêncio por longos minutos, a mesma olhava para o meu corpo mordendo os lábios incomodada, percebo que ainda estou sem camisa e corro a procura para me vestir.

— Desculpe... Eu... — gaguejo.

Não consigo terminar minha fala, Kathe havia me hipnotizado e então o silêncio novamente tomou conta de ambos.

— Oi... — digo inseguro para tentar começar uma conversa. Mas afinal, o que a trouxe aqui?

— Desculpa te incomodar... Preciso te... Precisamos conversar, Harry. — sua voz saia trêmula.

— Não é incômodo. Sente-se. — indico uns dos sofás para que ficasse a vontade, mas fica ainda mais tensa.

— Pode ser em um lugar onde ninguém nos escute? — parecia uma criança com medo de levar alguma bronca.

— Tudo bem... — digo desconfiado. Eu tinha certeza que meus funcionários eram confiáveis, mas Kathe queria mais privacidade, então teremos.

Fomos até o meu escritório, esperando para que entre primeiro e eu logo em seguida, fechando a porta. Dou a volta até ficar a sua frente e escorar na mesa, seu cheiro tomou conta do espaço, teria que ser forte para não agarra-la aqui mesmo.

Foco, Harry!

— Pode dizer. — cruzo os braços, tentando mostrar imparcialidade com o fato de estarmos sozinhos, atento a cada gesto e esperando o que tinha para conversar comigo. — Se quiser se sentar, fique a vontade.