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Despedida é uma coisa difícil, não sei quantos soluços dei enquanto abraçava minha mãe e a Kézia, não sabia quando veria elas novamente, então tentei dar o abraço mais apertado possível e dizia o quanto eu as amo.

Harry fez questão de registrar esse momento, tanto do meu chororô, quanto de ambos bem unidos para sempre recordar dessa vinda ao Brasil.

Minha mãe deu uma lembrancinha pra cada, Harry ficou emocionado com o tamanho cuidado que teve em pensar em algo pra ele, um crucifixo lindo da cor prata, era costume sempre está com um pendurado no pescoço, o mesmo também estava sensível com essa despedida.

Ou melhor...

Um até logo!

Logo já estávamos dentro do jatinho a volta pra Londres, sem paradas, tudo foi tranquilo e silencioso, estava digerindo ainda o fato que estava voltando, voltando para nossa rotina. E a insegurança aperta meu peito, eu sabia teríamos alguns obstáculos pela frente, Harry apertava e acariciava minha mão por várias vezes, ele também estava preocupado com o que nos espera.

— Esta tudo bem, minha pequena. Aconteça o que acontecer, mesmo se não estiver fisicamente presente, eu sempre estarei nos seus sonhos e aqui também. — beija minha mão enquanto não desgruda seus olhos dos meus. — E eu amo você!

— Sinto que ao chegar em Londres serei perseguida, talvez nem a gente seremos o mesmos, talvez as coisas desande e por isso queria continuar lá com a minha família e com você.

— Não vai, farei o que for possível pra que isso não aconteça. Quem tirar sua paz ou ousar te tocar, vai se ver comigo!

— Você não pode sair ameaçando todos por minha causa...

— Posso, eu tenho o que eles querem, e se for o caso, os darei! — não compreendo sua jogada, Harry percebe pelo meu olhar e tira minha dúvida. — dinheiro, é fácil de comprar essas pessoas.

Balanço a cabeça confirmando e tento não discutir sobre isso por agora, não queria que ele tirasse do bolso só para garantir minha segurança, mas Harry é teimoso.

Caio no sono e acordo horas depois, com a poltrona deitada e uma manta cobrindo meu corpo. Olho para o lado e o Harry também dormia, tranquilo e braços cruzados, porém não estava coberto.

Ouço a voz do piloto informando que iríamos pousar e que já estávamos em Londres. Acordo o homem do meu lado e com sua carinha sonolenta, coçando seus olhos, parecendo uma criança.

Eu amo tanto esse homem!

Talvez ele não tenha noção, mas o teu colo, teu jeitinho, as suas palavras e compreensão, me salvaram indiretamente e diretamente nos meus piores dias. E muitas vezes, mesmo sem saber, me deu forças pra seguir e a me olhar de forma mais gentil, mesmo que ainda seja tão difícil lidar comigo mesma, Harry é um verdadeiro anjinho na minha vida.

E mesmo que não estivéssemos juntos, seria impossível conhecê-lo e não me apaixonar por ele. Nem que fôssemos apenas amigos, ele sempre me ajudaria.

Acredito que já faça isso até mesmo a distância, não é atoa que tem muitos fãs apaixonados pelo pessoa que é.

Logo estávamos no carro a caminho da cidade.

— Onde quer ficar, em casa ou no seu apartamento?

— Meu apartamento, deve esta cheio de poeira. — digo pensando que antes de qualquer coisa, farei uma limpeza.

— Deveria ficar comigo, aproveitar os últimos dias de descanso... — beija minha bochecha e sorri malicioso.

— Você não cansa de me usar? — brinco.

𝐷𝑟𝑒𝑎𝑚 𝑊𝑖𝑡ℎ 𝑀𝑒 | CONCLUÍDAOnde histórias criam vida. Descubra agora