𝐷𝑟𝑒𝑎𝑚 𝑊𝑖𝑡ℎ 𝑀𝑒 | CONCLUÍDA

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A cada dia que passava, Harry parecia mais cansado, ele teve que criar músicas para o próximo álbum e tinha sido escalado para participar de muitas entrevistas, praticamente sem tempo para nós. Era como uma maneira de repor o prejuízo durante o mês que ficamos fora, sendo que tinha muitos compromissos que ele desmarcou em cima da hora. Em praticamente todas as vezes que vinha a sua casa, ao acordar, me deparava com ele dormindo sentado encostado na cabeceira da cama com um caderno na mão ou até mesmo, na mesa do seu escritório. Digamos que tinha uma meta pra alcançar.

Isso era muita judiação com ele.

E me sinto tão culpada por isso.

Tentava seguir meus dias, mas não estava nada bem, não conseguia dormir nem com os áudios do Harry, sempre tinha alguns sintomas da ansiedade tirando minha paz, todos os dias.

O serviço estava terrivelmente exaustivo, só de entrar no elevador de onde trabalho eu queria chorar, tendo que engoli as lágrimas a cada cliente.

Meu curso tinha começado, o que também ajudou em ver o Harry somente nos fins de semana, naqueles que estivesse livre, porém todos passava extremamente cansado.

Em um desses dias, voltando pra casa durante o breu da noite quase morrendo com dores pelo corpo, apenas querendo um banho morno, minha cama e os braços do meu namorado. Desci no ponto da esquina do meu edifício praticamente rastejando, mas tive uma surpresa nada agradável antes de atravessar.

Observo algumas pessoas praticamente em frente ao meu edifício, pessoas com câmeras na mão.

Paparazzis?

— N-n-não... — tremo a voz falando pra mim mesma.

Olho para trás a procura dos seguranças que estavam fazendo minha guarda, e observo o carro deles a pouco metros, eles intercalava entre ir disfarçadamente comigo no transporte público a ir no carro particular deles.

O que eu faço agora?

Caminho até o carro com o coração disparado, sentia um enjôo no estômago, provavelmente se estivesse comido algo antes vim, passaria mal aqui mesmo.

Eles destravam umas das portas traseiras e entro o mais rápido possível. Mas ainda assim, não conseguia respirar tranquilamente.

— Para aonde quer ir senhorita?

— Me leva pro Harry... Pra casa do Harry, por favor... — quase não conseguia falar, parecia que alguém apertava meu pescoço.

O percurso foi tão angustiante, que ao chegar em frente a casa dele eu pulei pra fora do carro. Mas o Harry não estava, somente sua cozinheira veio até mim para me receber e conversar, era nítido todo o meu pavor.

Por que eles foram parar na frente do meu prédio? Como voltaria pro meu apartamento agora? Como eles souberam do meu endereço?

Tento falar com o Harry, mas dava somente fora de área. Provavelmente estava em algum hotel em outro país descansando para os compromisso do dia seguinte.

Deito na sua cama abraçando bem forte o seu travesseiro depois de tomar um banho longo, colocando uma de suas camisas e chorar muito diante da situação. O seu cheiro estava ali, vivo e inebriante, fazendo com que chorasse sem controle algum, tremendo, sentindo minha cabeça pesar até começar as pontadas de dor, ter meu coração e pulmão esmagado por uma força maior, sugando toda a minha vontade que tenho de viver.

Fiquei acordada a noite toda, porém não tão chorosa. Mas minha cabeça doía muito e meus olhos quase não eram vistos, estavam inchados e vermelhos.