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Depois de chegar em casa e passar horas fodendo com Katherine, fazendo questão que ouçam gemer meu nome, ela acaba caindo no sono mais rápido pelo cansaço, fiquei um tempo olhando as redes sociais e só depois fui dormir também, abraçando seu corpo contra o meu.

- Harry... Harry... Docinho. - ouço sua voz me acordando enquanto balança meu braço.

- Hum... - resmungo sonolento sem abrir os olhos.

- Acorda! - acaba falando mais alto contra o meu ouvido, sobressalto diante da possibilidade do porquê estar me acordando.

- Oi, oi... Tudo bem? A Darcy está bem? - digo um pouco apavorado e recebo uma risada sapeca como resposta.

- Não, não estamos nada bem. - diz fazendo um lindo biquinho com seu corpo inclinado e acaricia a tatuagem da borboleta na minha barriga.

- A bolsa estourou? Está sentindo alguma coisa? Quer ir ao médico? - sento na cama levantando a coberta para analisar se tinha uma poça d'água ou se a barriga teria algo de diferente.

- Aí, Harry! - puxa a coberta de volta por estarmos sem roupa. - Não é isso, é só que... - volta a morder os lábios me olhando sugestiva. - Você faria uma coisa por mim?

- O quê? - bocejo enquanto coço o olho para espantar o sono.

- Busca pão de queijo pra mim? - encosta seu rosto no meu peito.

- Buscar o que?

- Pão de queijo! - seus olhos brilham.

- Pão de queijo?

- Sim amor, preciso comer pão de queijo!

- Precisa?

- Para de repetir tudo que eu falo! - diz impaciente tirando o rosto do meu peito.

- Mas Kathe, são... - olho para o relógio rapidamente. - duas horas da manhã, onde vou encontrar pão com queijo?

- Pão de queijo! - me corrige ríspida. - De preferência, igual a de Minas Gerais!

- Minas Gerais? - realmente estava sem entender, mas vejo Kathe revirar os olhos e me lembro de mais uma questão no qual ainda não tinha lidado.

Os desejos incovenientes em horas incoveniente da gravidez.

- Vai Harry! - faz voz de choro.

- Ok, calma, mas onde vou encontrar pão de queijo e de preferência, igual a de Minas Gerais? - imito sua fala.

- Em alguma lanchonete brasileira.

- Kathe, meu amor, amanhã, quando tudo estiver aberto, assim que o sol amanhecer eu peço seu pão de queijo ou que a Celine faça pra você, tudo bem? - seguro seu rosto, dizendo apreensível como se precisasse acalmar uma fera.

Kathe não fala nada, somente cruza os braços com os olhos cheios de lágrimas.

Meu deus do céu!

Mexo no cabelo, intercalando o olhar entre um ponto qualquer e em sua direção, e lágrimas já estavam descendo pela sua bochecha.

Isso por causa do tal do pão de queijo.

- Tá bom, eu vou atrás do seu pão de queijo!

Ela avança colocando os braços em volta do pescoço e beija várias vezes seguidas minha bochecha. Levanto a encarando meio assustado talvez, parecia sedenta e ansiosa enquanto abraça o travesseiro me observando. Vou até o closet a procura de uma roupa confortável, vestindo uma calça moletom colorida, uma camiseta branca e um casaco caso sinta frio, voltando ao quarto a procura da minha carteira e percebo Kathe estreitar os olhos.

𝐷𝑟𝑒𝑎𝑚 𝑊𝑖𝑡ℎ 𝑀𝑒 | CONCLUÍDAOnde histórias criam vida. Descubra agora