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Depois de tomarmos um banho juntos, Harry queria que aproveitasse os lazeres do hotel e no dia seguinte, fazer uma tour pela cidade. Fiquei insegura com a proposta, porque de fato, não é que estamos longe de Londres que ninguém irá reconhecer o Harry.

Os brasileiros ama saber da vida dos famosos e são apaixonados pelos artistas gringos que são carismáticos, com o Harry não seria diferente.

Ele me instigou para que usasse o vibrador enquanto isso para ajudar no auto controle do meu corpo, ao menos, essa era sua desculpa. Neguei, pois uma coisa que não tenho é: auto controle sobre eu mesma.

De maneira alguma passaria essa vergonha em público.

— Piscina, spa, sauna, massagem ou academia? Não, academia não, né! — Harry lia o panfleto que havia acima de uma mesinha em um canto do quarto após sairmos do banho, ambos de roupão. — piscina? — diz consigo mesmo, paro próximo do seu corpo tentando entender. — acho melhor comermos alguma coisa antes.

Cruzo os braços confusa, Harry estava falando comigo ou com algum ser da sua imaginação?

— Harry?

— Ah, amor, o que você quer fazer agora? — diz ao notar a minha aproximação.

— Não faço ideia, podemos ficar no quarto e dormir o dia todo. — brinco, mas lá no fundo, não é um má ideia.

Harry me olha indignado, como se o que havia dito fosse a maior atrocidade possível.

— Duas coisas. Primeiro: estamos no seu país natal e não faz sentido ficar parada sem aproveitar nada, não é mesmo, senhorita? — dizia completamente convencido que aquilo era uma bronca na qual eu merecia. — segundo: eu não deixaria você dormir.

— Harry! — coloco minhas mãos sob a cintura.

— Vamos, coisa linda. — se afasta e da uma tapa na minha bunda ao passar por mim.

— Você é um safado, sabia? — digo, no mesmo lugar o observando, ele abre o roupão e como se nunca tivesse visto nu, entro em estado de hipnose.

— Eu sou, é?

Minha visão fica turva quando ele se aproxima, confiante e sem tirar os seus olhos dos meus. Dou uns passos pra trás, uma de suas mãos segura o laço do roupão e a outra passa os dedos com extrema delicadeza sobre a pele exposta acima do meu peito, desenhando o decote enquanto seu olhar passeia pela região.

— Então vamos ficar, peço comida pra gente e depois... — aproxima seu rosto da minha orelha e sussurra: — fazemos amor... ou um sexo violento, depende da sua escolha.

Um arrepio delirante faz com que revire meus olhos e a respiração começa a ficar pesada.

Por que você faz isso comigo, Harry?

— D-desistiu d-de... — pigarreio. — não vai mais querer sair do quarto?

— Temos algo melhor a ser feito aqui, você não acha? Como disse antes, se ficarmos, não vou te deixar dormir. — desfaz o laço do roupão, mas não abre, enquanto uma mão se mantém ali, a outra aperta minha cintura. — trouxe outras coisinhas.

Encaro incrédula.

— Desde quando você está com esses negócios na mala?

— Desde Londres, mas queria usar aqui, exclusivamente no Brasil. Estava ansioso demais por isso e até então, valeu a pena a espera.

— Desde quando você planejava me trazer pra cá?

— Não sei, quando você falou em férias e consegui resolver as questões com a gestão para ficar parado por um mês. Queria que esquecesse de tudo e se sentisse bem. Maldivas e Brasil foram ótimas alternativas ao meu ver. — solta o laço para me rodear com os seus braços. — tudo se tornou ainda mais especial com o nosso primeiro eu te amo. Você me pegou de surpresa.

𝐷𝑟𝑒𝑎𝑚 𝑊𝑖𝑡ℎ 𝑀𝑒 | CONCLUÍDAOnde histórias criam vida. Descubra agora