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Harry

Diante de tudo que Kathe me contou do seu passado e a raíz dos seus gatilhos. Vemos que a vida de ninguém é fácil, que ninguém tem traumas apenas por ter, há algo por trás, algo que machuca e é uma ferida que não se cicatriza, o machucado que causou tudo aquilo forma uma casquinha, mas não se cura tudo que tem que se curar, e qualquer brecha, qualquer arranhão, qualquer queda, é o suficiente pra abrir e arrancar a carne que nasce acima, deixando aquilo exposto novamente.

Amar alguém que sofre de ansiedade também não é fácil. Você tem que entender que vão ter dias de inseguranças onde não importa o que você fale, ela vai se sentir insuficiente, péssima e por isso, irá sentir que a qualquer momento vai ser trocada por alguém melhor.

É entender que vão ter dias de lágrimas, onde o passado ainda vai machucar, onde o medo incerto pode mudar totalmente o clima, que você sequer faz parte desse lado obscuro.

Muitas vezes, ela irá perder o sono, a fome ou fazendo com que coma até demais para diminuir a bomba de sentimentos, e tudo que ela vai precisar é de um abraço que fale mais do que qualquer palavra.

Alguns dias nada estará bom.

Não será minha culpa.

Mas também, a culpa não será dela.

Dias em qua não há autoestima, nem força e nem vontade de fazer planos.

Mas amar alguém como a Katherine, é ter certeza de que você é imensamente e sinceramente amado. Pois no meio desse furacão de sentimentos, medos e inseguranças, ela me escolheu!

E muito mais intenso do que nas crises, ela será intensa e sincera no amor.

Sou fodidamente sortudo!

Ficamos mais alguns dias no Brasil, ela me contava absolutamente tudo sobre sua vida e havia picos de muitas risadas, há muitos choros. Uma montanha russa de sentimento intenso da minha pequena.

Conheci alguns familiares no qual sua mãe e irmã ainda tinham contato.

Fizeram um encontro na casa de uns dos seus primos, o seu nome é Felipe, um rapaz que aparenta ser bem sossegado e uma boa pessoa.

Kézia estava me tratando como um integrante da família, já não me tratava como ídolo. Ainda bem.

Nessa pequena bagunça, havia bastante petiscos e bebidas alcoólicas, tudo parecia uma mini balada improvisada. E nesse dia, Kathe está bem consigo mesma, alegre e sorridente, aceitando alguns drinks em que sua irmã fazia questão de oferecer.

Já eu, não conseguia resistir a senhora caipirinha. Ela é perfeita!

— Eu estou ficando tonta! — Kathe diz com sorriso no rosto, se apoiando na sua irmã.

— Você é fraca demais. Ensina ela a beber, Harry! — tenta se mostrar inconformada, mas não segura a risada ao ver o estado da mesma.

— Não estou muito diferente dela. — digo após virar mais um copo de caipirinha.

— Já até sei onde isso vai terminar... — sorri sapeca, olhando para ambos.

Logo, alguém coloca uma música, lenta a príncipio, porém com algumas batidas de remix. Não era bem o estilo de música que costumava a gostar, mas era envolvente.

Kathe, mesmo que tímida, começou a mexer seu corpo seguindo o ritmo ao lado de Kézia.

Não consigo focar em outra coisa além de suas curvas, que começaram perdidos, mas logo se encontrou, me deixando hipnotizado com a forma sexy em que balançava seus quadris sob seu vestido solto.

𝐷𝑟𝑒𝑎𝑚 𝑊𝑖𝑡ℎ 𝑀𝑒 | CONCLUÍDAOnde histórias criam vida. Descubra agora