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— Gostaria de comer alguma coisa antes de ir para casa?

— Ham, não sei, não seria apropriado... — respondo ao Harry, insegura.

— Se a sua preocupação é os paparazzi, fique tranquila, será fechado entre eu e minha equipe.

— Sua equipe?

— Sim, minha equipe. — sorri.

— Mas eles não irão estranhar minha presença ou fazer perguntas? Questionar?

— Não, eles são meus amigos, com eles eu sou apenas o Harry, não precisamos nos preocupar.

— Hum, ok. — digo olhando para suas esmeraldas, nós dois estávamos tão próximos dentro desse carro, seu cheiro me embriagada e sua presença inundava gentileza.

Chegamos a casa de uns dos membros de sua equipe ou alugada, não sei ao certo.

Ao entrar, já damos de cara com uma mesa farta de muita comida e outra, um pouco afastada, para jogar ping pong. Todos haviam chegado, faltava apenas eu, Harry e seu motorista.

E a Rita, claro, ela tão silenciosa e na dela, quase não perceptível sua presença.

Harry fez questão de me apresentar brevemente e não ficou longe, fez questão de fazer com que me sentisse a vontade.

Todos foram muito amigáveis, em especial a Sarah, baterista de sua banda.

A princípio estava tímida, não estou acostumada com esses momentos onde algumas pessoas se encontram só para distração durante a madrugada.

Observo tirar seu terno e arregaçar a manga de sua camisa, deixando em vista algumas tatuagens.

Colocaram músicas, bem animadas por sinal, Harry me puxou para que dançasse com ele.

— Harry, não sou boa nisso. — digo sem graça, na real, não sou boa em nada.

— Esqueça tudo que te trava, ok? Seja só você mesmo, seja livre! — diz me passando confiança, seu gesto me fez sorrir, sinto uma de suas mãos na minha cintura enquanto a outra segura minha mão. — algo bem facinho. — diz se mexendo no gingado da música.

Ainda estava travada, o diabinho que existe em mim que tanto me atormenta, dizia que estavam me olhando e poderia rir de mim por ser um desastre.

Mas não demora para o diabinho se calar quando vejo que o Harry também não é um bom dançarino ou ao menos, está fazendo propositalmente para que não me sinta mal.

E ele consegue, seu jeito desengonçado não deixou que segurasse uma gargalhada.

Estava seguindo seu ritmo, Harry segurava minha cintura e mexia no compasso. Riamos cada vez mais, aquilo estava sendo desastroso, porém satisfatório.

Me girando algumas vezes, Harry me segura de uma forma que fique inclinada para o chão, um braço segurando minhas costas e a mão doutro braço em minha cintura, ao fim da música, o mesmo me levanta calmamente enquanto trocamos olhares, respirações ofegantes por conta do esforço da dança, suas belas esmeraldas passeava por todo meu rosto e demorava quando se encontrava em meus lábios.

Por algum instinto, minhas mãos apertam sobre o tecido de sua roupa, sentindo um pouco dos músculos. Olho em direção a seus botões abertos e volto para seu rosto.

E novamente, aquela sensação de estar em seus braços, ser algo tão certo.

Sinto seu aperto se afrouxar, ficando em pé corretamente, me deixando enquanto recupero o fôlego.

𝐷𝑟𝑒𝑎𝑚 𝑊𝑖𝑡ℎ 𝑀𝑒 | CONCLUÍDAOnde histórias criam vida. Descubra agora