𝐷𝑟𝑒𝑎𝑚 𝑊𝑖𝑡ℎ 𝑀𝑒 | CONCLUÍDA

69

Fiz questão de acompanhar Kathe em consultas e exames, estava ficando preocupado com algumas coisas, como por exemplo seu serviço. É desgastante demais para sua saúde física e mental, podendo prejudicar a gravidez.

— Não vou!

— Vai sim!

— Não vou, Harry!

Estávamos dentro do meu carro após uma consulta, numa discussão sem fim sobre Katherine pedir demissão do seu trabalho, eu poderia muito bem ajudá-la em tudo, ao menos até ter o nosso bebê e depois a gente vê o que fazemos.

— Não vou parar minha vida, estou grávida, não doente!

— Não quero que pare sua vida, quero que pense e tenha mais tempo para se cuidar.

— Harry, esquece, não irei pedir demissão só porque você quer!

— Amor... Digo, Kathe. Esse lugar suga suas energias.

— Mas é o que me trás o sustento de cada dia. — cruza os braços fazendo birra.

— Teimosa!

— Insuportável!

Resolvo ir direto pra casa para que almoçasse comigo, mas ela não estava satisfeita com isso.

— Da pra você parar de birra e sair desse carro! — quando dizem que mulher fica mais intensa na gravidez, não fazia ideia que era nesse nível. Quando pegava pra teimar, só por Deus. — Estou falando com você.

Katherine estava ainda de braços cruzados, com bico olhando para o vidro do carro.

— Eu não pedi pra você me trazer a sua casa.

— Mas você esta horas sem comer, então vou fazer algo, eu quero fazer!

— Problema seu! — debocha, sem dar a mínima para o meu esforço.

Perco a paciência.

Tiro ela do carro fazendo o máximo para não machuca-la, pegando no colo, fechando a porta com o pé e adentrando a residência, sem se importar com os seus pedidos.

— Me solta, cacete!

— Cacete é o que você vai ter se continuar com essa frescura! — digo firme e paralisa nos meus braços com as minhas palavras. — Te prendo na minha cama e só solto quando resolver ser uma boa menina.

— V-você n-não faria isso.

— Faria!

— Eu chamo a polícia, grito pedindo por socorro, não é porque temos um filho que é pra tocar em mim! — dizia com convicção.

Já estávamos na cozinha quando coloco sentada sob o balcão.

— Você vai ficar quietinha enquanto preparo algo para comermos. — seguro seu rosto e com a outra mão na cintura e a vejo respirar pesadamente.

A gente se beijamos em praticamente todas as vezes que nos víamos e crescia uma tensão sexual, mas ainda não fizemos nada, porém, estava prestes de explodir com a Katherine se comportando desse jeito e tê-la perto não ajuda.

Prende-la na cama era um ideia muito instigante.

Ela se senta na cadeira enquanto me observa preparar nosso almoço, mudando de posição várias vezes seguidas. Deitando a cabeça na mesa, escondendo o rosto entre as mãos, suspirando, encostando as costas na cadeira e olhando pra cima de braços cruzados. E eu segui fingindo que estava sozinho e cozinhando.

Estava de camiseta de botão, com os primeiros acima abertos como de costume. Inclino sob o balcão para cortar algumas verduras bem a frente dela. Ao terminar, coloco alguns pedaços dentro da panela, lavando minhas mãos e me virando arrumando o meu cabelo.