Acredite Beatriz não foi fácil para mim admitir que estava apaixonada por seu pai, sabia o estrago que Joshua havia feito com sua tia ao partir e como aquilo havia afetado nossa amizade. Não queria ser a responsável por estragar a amizade de Any e Noah, mas não conseguia mais controlar meu coração. Ah pequena, nosso coração consegue ser tão traiçoeiro as vezes.
— Não quero que vá. — pronuncuei finalmente.
— Mas não quer que eu fique.
— Eu estou com medo Joshua. — confessei, não havia mais razão para mentir, ele precisava saber a verdade — Estou com medo de me entregar a você totalmente, tenho medo do estrago que isso possa resultar depois. — o modelo me olhava, esperando uma conclusão minha — Estou com medo por Beatriz. — suspirei — Porque se isso der errado eu não terei mais Sina e Noah para me ajudar, não terei mais como me fechar para o mundo e focar no meu trabalho.
— Any por mais que eu ame o som da sua voz, gostaria que fosse direto ao ponto.
— Porque sou eu que tem que decidir o que fazer agora? — suspirei e ele sorriu.
— Você nos colocou nesta situação coração. — suas mãos pararam em meu rosto com uma leve carícia.
— Não consigo te rejeitar assim.
Joshua riu.
— Então vai me rejeitar?
— Fica difícil de pensar neste lugar.
— Porque?
— Lembranças.
O modelo sorriu abertamente, encostando sua testa na minha.
Onze anos antes
— E se fugíssemos?
— Fugir? Joshua.
Revirei os olhos. Estávamos na cobertura do novo prédio comercial dos Beauchamp, a vista aqui era magnífica, principalmente durante a noite. Joshua estava "fugindo" do pai, o motivo? Festa. Enquanto Ron viajava, Joshua inventou de dar uma enorme festa em sua casa, sem antes consultar seu pai. O resultado? Diversos objetos quebrados e um pai revoltado.
— Sim, vamos coração, podemos ir para onde você quiser.
— Não Joshua.
— Por favor. — ri dos seus olhos pidões.
— Lide com seus problemas sozinhos.
— Péssima namorada você.
Um arrepio passou pelo meu corpo. Namorada, adorava como uma simples palavra me deixava boba.
— Josh.
— Sem Josh para você.
Gargalhei.
— Birrento.
— Eu?
— Tem mais alguém aqui?
— Deveria ter chamado o Noah.
Coloquei as mãos sobre o peito como se me sentisse ofendida.
— Não creio Joshua Beauchamp, está me traindo.
— Oh coração, você é apenas uma fachada.
— Como Sina está? — o rapaz se deitou sobre minha perna, me permitindo lhe fazer cafuné.
— Por incrível que pareça ela está super bem.
— Bem?
— Sim, o término fez maravilhas com ela.
— Definitivamente nunca entenderei Sina.
— Ninguém entende.
— O Noah entende. — mordi o lábio inferior com a ideia em minha cabeça.
— O que foi?
— O que?
— Você parou de falar e sua cabeça está explodindo.
— Idiota.
— Me conta coração, o que se passou pela sua cabeça?
— Sina e Noah, sei que é impossível, mas...
— Também éramos "impossível" coração.
— Estamos falando de Sina e Noah, amor.
Ele sorriu.
— Nada é impossível.
Atualmente
— Eu venci a aposta.
— Aposta?
— É coração, Sina e Noah.
— Não apostamos nada Josh.
— Você disse que era impossível.
— E daí? Realmente era.
— Você perdeu.
— Não era uma aposta Josh. — ele riu, suas mãos agarram minha cintura.
— Sempre é uma aposta coração.
— O que fez com Marie?
— Nada ainda.
— Joshua...
— Colocamos pessoas para investigarem ela, quando tivermos prova o suficiente iremos para o tribunal.
— E Sofya?
— Ela ficará bem, meu pai está providenciando uma casa para ela longe daqui, apenas enquanto tudo isso ocorre.
— E ela concorda com isso?
— Contanto que o pai do bebê vá junto.
— Vai me contar quem é?
— Não. — sorriu.
— Joshua!
— Você não queria saber antes coração, não irei falar agora.
— Você é terrível Joshua Beauchamp.
— Eu sei. — suspirou — Ainda precisa de tempo para pensar?
Mas não fique com medo minha pequena, faça o que seu coração pedir, ele sempre está certo no final.
— Preciso apenas de você, Joshua Beauchamp.
O modelo sorriu, suas mãos apertaram minha cintura e seus lábios tomaram os meus para si, aquela era a nossa melhor maneira de dizer " Eu amo você".
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DRM • de repente mãe
Fanfiction𝗕𝗘𝗔𝗨𝗔𝗡𝗬 𝗙𝗔𝗡𝗙𝗜𝗖𝗧𝗜𝗢𝗡 Any Gabrielly Soares é surpreendida com o testamento de sua melhor amiga, a qual lhe concedia a guarda da pequena Beatriz. Nunca havia pensado em filhos, muito menos naquele momento de sua vida mas não podia recu...