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— Não me diga que pediu demissão? Any Soar... — Joalin parou de falar ao me ver na sala junto com Joshua — Se vieram discutir a relação aqui irei expulsar os dois.

— Já fizemos isso Jojo.

Ele suspirou aliviada.

— Irei deduzir que estão juntos?

— Talvez.

— Talvez? — o modelo virou rapidamente para mim. Sorri com a cara de espanto dos dois.

— Aonde está Beatriz?

— No quarto dela.

Andei rapidamente para o quarto da bebê, achando a mesma sobre o tapete com diversos brinquedos espalhados à sua volta.

— Oi pequena.

Beatriz me olhou, seus lindos olhos verdes parecem brilhar ao me ver. Sorri para a bebê.

Sentei-me no chão ao seu lado, Beatriz bateu as mãozinhas em minha coxa.

Ah minha pequena Beatriz, eu queria tanto poder ver seu rostinho, sentir seus dedinhos agarrarem os meus, ouvir seu chorinho durante a noite. Me sentar com você para brincar, e assistir os mesmos desenhos diversas vezes. Neste instante estou na sala vendo "patrulha canina" enquanto te imagino deitada no meu colo.

— Você quer brincar?

Ajudei Beatriz a sentar no meu colo. Peguei um ursinho inteiramente babado, entregando o mesmo para ela, que por sua vez colocou na boca.

— Deveríamos sair. — olhei para a porta, Joshua e Joalin estavam parados na mesma. Ambos mantinham um sorriso no rosto.

— Sem chance Josh.

— Vamos coração, uma hora apenas.

— Ela precisa tomar sol Any.

— Não.

— Deixe de ser chata coração.

— Josh não, eu só quero ficar um tempo com ela.

— Ficaremos um tempo com ela no parque.

— Não.

Beatriz olhava para nós sem entender o que estava acontecendo ali.

— Ficaremos em casa hoje, ok?

O modelo cruzou os braços, Joalin riu.

Queria entrar no apartamento e me deparar com seus brinquedos espalhados pelo chão da sala. Pedir pizza em uma sexta a noite e te ver dar os primeiros passos.

Joalin se sentou no chão do outro lado do quarto, Joshua seguiu seu exemplo. Beatriz se alegrou em meu colo ao ver todos no seu alcance, soltou o ursinho que segurava e com um pouco de dificuldade passou a caminhar até Joshua. O modelo ajudou Beatriz a ficar de pé, a bebê gargalhou de felicidade, nos fazendo rir. Peguei um cesto cheio de bolinhas, levando o mesmo até o modelo e Beatriz. A bebê se sentou rapidamente, pegando uma das bolinhas com suas mãos gordinhas e completamente babadas. Beatriz jogou a bolinha em Joshua, que olhou indignado para ela.

— Beatriz não pode tacar as coisas no tio. — a bebê resmunga algo indecifrável para nós, pegou outra bolinha e arremessou em Joshua novamente — É assim que você está educando nossa sobrinha?

— Sim.

— Está sendo uma péssima mãe Gabrielly.

— Você é em partes tio dela, pode muito bem corrigi-lá.

— Beatriz você não pode jogar bolinhas no tio, faz dodói. — a mais nova encarou-o por um curto tempo, fez um enorme bico e chorou — Coração, o que eu faço?

— Se vira Joshua, fez ela chorar, agora faça ela parar.

Joshua pegou Beatriz no colo, se levantou com a menina. Aninhou ela em seus braços, balançando lentamente.

— Vamos bebê não chore. — prendi a risada — O tio não queria brigar com você, mas é errado jogar coisas nas pessoas Beatriz. — aos poucos Beatriz começou a se acalmar, grudou na blusa social do modelo.

— Ela dormiu. — Joshua sussurrou minutos depois.

Levantei-me do chão junto com Joalin, ela passou a organizar os brinquedos espalhados pelo chão, enquanto eu arrumava o berço. O rapaz colocou Beatriz em seu berco, juntamente com o ursinho babado da menina. Saímos do quarto minutos depois.

— Jojo pode ir se quiser.

— Tem certeza? Posso ficar até as cinco, sem problema nenhum.

— Tenho, pode ir.

— Eu irei ajudar ela.

— Pensando bem Jojo, fica até mais tarde? — ela riu.

— Não coloquem fogo na casa, e nem prenda a criança por mau comportamento gostosão.

— Tentarei.

— Ate amanhã Any.

— Até Jojo.

Queria tanto vê-la deixar sua tia doida. Nossa casa não será a mesma, cada cômodo terá uma coisa sua. Eu queria tanto poder ter o prazer de ver isso.

— O que faz quando ela dorme?

— Tudo o que eu não faço quando ela está acordada.

— Tipo...?

— Tomar banho.

Joshua riu, parando pouco tempo depois ao perceber que eu falava sério.

— Sério?

— Você tem tanto para aprender, meu pequeno gafanhoto.

— Pequeno gafanhoto? Sério, coração?

— É um bom apelido.

— Qual a definição de bom para você?

Revirei os olhos. Retirei os sapatos, deixando-os largados perto da porta. Me joguei no sofá.

— O que vamos assistir.

— Vai ficar?

— Sim.

— Ah.

— Quer que eu vá?

— Não, só pensei que tivesse compromissos.

— Desmarquei antes de te encontrar.

— Hm.

— Ainda não me respondeu, o que vamos assistir?

— Pode escolher se quiser.

Joshua se sentou na ponta do sofá, me permitindo deitar a cabeça sobre sua perna.

— Que tal um filme?

— O controle é seu no momento, você decide.

— Certo, o que acha de "a morte de tá parabéns"?

— Pode ser Josh.

Me ajeitei ainda mais no sofá. Joshua passou a fazer cafuné em meu cabelo, aquilo era o paraíso.

DRM • de repente mãe Onde histórias criam vida. Descubra agora