Night Court - Zayn Malik.

Capítulo 25: Gritos.

Z A Y N

Era a segunda vez que a gente tinha alguma coisa e logo em seguida, de algum jeito, ela corria para o Kael. Como se fosse o procedimento padrão. Teve algo com o Zayn? Corra para a Corte Outonal. Eu podia mentir e falar que não estava aborrecido, mas eu estava. Estava que só o cacete.

Não ajudou muito ela ter me bloqueado completamente do laço o dia inteiro e agora apenas felicidade e uma calma tranquila viesse dela, não o tédio rotineiro. Sinceramente, eu sabia que não podia e que ela cortaria a minha garganta se eu sequer sonhasse em reclamar ou falar algo sobre isso, mas isso não impedia que pensasse e ficasse chateado sobre.

Termino de comer primeiro que todo mundo e só levanto, levando as minhas coisas para a cozinha e me dirigindo para outro cômodo alto, dando um passo para cair da torre da Corte, pegando altitude no segundo seguinte.

Não preciso de mais de uma hora voando para chegar a barreira que dividia o mundo mortal do nosso e um dos poucos buracos que tinham entre os mundos estava ali. Passo e sinto um balde de água fria pelo corpo. Tudo parece ser cortado pela metade. Minha visão. Meu olfato. Tudo. Não sei o que realmente vim fazer ali. Não sei. Talvez... sentir menos? Poderia ser uma opção.

A floresta nessa parte era densa, pouco convidativa. Provavelmente para desencorajar os humanos a viram para esse lado. Suspiro, me sentindo um idiota por tudo o que estava passando pela cabeça e meus sentimentos, voltando para o meu lado e recebendo um choque sensorial assim que a magia me atinge novamente.

Estava pronto para voltar para casa e me sentir ainda mais trouxa, quando escuto um barulho estranho. Passos. Me camuflo na escuridão e um grupo de cinco pessoas passam pela muralha descaradamente, como se fizessem isso todo dia. Eram nossas terras ainda.

Se eu tivesse ficado por um minuto a mais do outro lado, eles teriam me visto. As figuras encapuzadas param e parecem estar cansadas, como se tivessem percorrido um longo caminho. Quando o capuz caem de suas cabeças, noto feições feéricas, o que me deixa ainda mais surpreso.

Vem com a guarda aqui. Agora. Mando uma imagem da localização para Aria e sinto a sua confusão, mas eu não tinha tempo para explicar. Estava com medo deles se teleportarem ou tiverem ou portal por aqui.

Mesmo que confusa, ela me mostra todos se arrumando e pegando as armas, antes de passarem por um portal de sombras. Em segundos, sinto suas presenças tanto me rodeando, quanto rodeando os estranhos, que continuavam alheios a nossa presença por estarmos escondidos.

Um...

Dois... Ela continua.

Agora.

Assim como fizemos com os urgals, temos dessa vez cinco feéricos encurralados no meio do nosso círculo.

*

Pela aparência e roupas, eram da Corte Primaveril, mas se recusavam a falar qualquer coisa, então não tinha como ter certeza. Quando eu e Aria descemos para checar novamente, eles nos recebem com unhas e dentes.

- Desde quando é permitido fazer prisioneiros em Prythian? - Aria ri e é engraçado como tudo deu uma volta de 150 graus, já que da última vez que estive aqui embaixo, eu estava na cela.

- Desde quando é permitido se esgueirarem nas nossas terras ainda mais no meio de uma ameaça de guerra? Vocês estavam bem longe da sua Corte, não aja como se nós os sequestrássemos nos seus territórios. - O loiro, que teve coragem de falar algo se encolhe pelo tom e volta a ficar calado. - Vocês não vão sair daqui com vida, se não falarem nada. Se derem informações dignas o suficiente, são liberados para voltar a sua Corte e mandar Tamlin parar de enviar seu povo para as minhas terras.